As finais “não se jogam, ganham-se”. Fernando Santos diz que “solidez e gestão da bola” serão determinantes

O selecionador português de futebol, Fernando Santos, afirmou este sábado que a solidez defensiva e a gestão de bola serão determinantes para o desfecho do jogo de domingo com a Bélgica, dos oitavos de final do Euro2020.

“Não podemos conceder espaços ao adversário, para que não possam jogar nem pensar sem a nossa interferência. Nestes jogos grandes, e numa final como esta – porque é a primeira final e queremos estar na última final, tal como a Bélgica -, não podemos dar espaços. A equipa que souber defender melhor e souber gerir a bola quando a tiver é a que vai ganhar”, afirmou, em conferência de imprensa, em Sevilha.

O técnico, que fazia a antevisão do duelo dos oitavos, reforçou que “as finais não se jogam, ganham-se” e deixou uma convicção: “Estamos nesta final para ganhar e tenho a forte convicção de que vamos ser mais competentes do que o nosso adversário”.

Fernando Santos considerou que “equipas como a Bélgica e Portugal não têm muitos pontos negativos” e que cabe aos “treinadores encontrá-los para, depois, explorá-los”, neste caso diante de um adversário que tanto joga em 3x4x3 como em 3x4x1x2.

“Estou à espera que joguem com três no meio-campo, um deles o De Bruyne, mais adiantado. Esta equipa não é de contra-ataque”, referiu, destacando a projeção dos laterais e a capacidade do avançado Romelu Lukaku a jogar “como pivô, como acontece no futsal”.

Apesar das individualidades que possuem e de serem uma “equipa que joga junta há muito tempo”, Fernando Santos fez questão de realçar “a Bélgica no seu conjunto”, frisando que a equipa das quinas terá de evitar “baixar muito as linhas à entrada da área”.

“Compete-nos defender bem e estar ao nível do que fizemos com a França e a Hungria, porque temos qualidade para criar oportunidades. A Bélgica tem sete golos marcados, mas Portugal também tem sete. Portugal tem condições para fazer golos e criar oportunidades”, observou.

Por outro lado, o selecionador nacional assegurou que “a equipa descansou bem” desde o embate com a França, na quarta-feira, pelo que, se houver alterações, será por questões estratégicas.

Belgas têm uma equipa “muito coesa”

João Moutinho, que acompanhou Fernando Santos na conferência de imprensa de antevisão, começou por reconhecer que os belgas são uma equipa “muito coesa”, mas garantiu que a seleção nacional lhes vai fazer frente — apesar de ter menos 48 horas de descanso do que o adversário.

“Para mim, isso não pode ter peso. São mais dois dias mas tivemos quatro para chegar ao jogo. Aconteceu no Euro 2016 e mostrámos que conseguimos recuperar bem. É descansar bem e treinar bem, para estar a 100%“, disse o jogador de 34 anos.

“Vamos tentar impor o nosso jogo e os nossos pontos fortes, aproveitando algumas brechas que possam ter”, acrescentou.

O médio do Wolverhampton, que foi suplente utilizado contra a Hungria e contra a Alemanha e acabou por subir à titularidade contra França, falou ainda em Kevin De Bruyne, ressalvando que esse não pode ser o foco de Portugal.

Não é só o Kevin De Bruyne. Se tiver espaço para executar é ainda mais perigoso. Mas todos eles, se tiverem espaço, farão o seu jogo de forma tranquila. E isso vai dificultar ainda mais o nosso trabalho. O Kevin é muito competente, temos de estar atentos mas não podemos focar-nos apenas num jogador. Isso iria libertar os outros e seria ainda pior. Como equipa, vamos tentar minimizar os pontos fortes deles e colocar os nossos em prática”, disse Moutinho.

Para terminar, escreve o Observador, o médio sublinhou ainda o apoio dos adeptos. “Têm sido extraordinários. Desde que chegámos a Budapeste e aqui será o mesmo. Queremos ganhar por eles. Vamos entrar com ambição e com muita vontade, para lhes dar essa alegria e passar”, disse.

Portugal e Bélgica disputam a partida dos oitavos de final do Euro2020 no domingo, a partir das 21h00 locais (20h00 em Lisboa), no Estádio de La Cartuja, em Sevilha, sob arbitragem do alemão Felix Brych.

O Euro2020, que foi adiado para este ano devido à pandemia de covid-19, decorre até 11 de julho, em 11 cidades de 11 países diferentes.

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Comentários

Um comentário a “As finais “não se jogam, ganham-se”. Fernando Santos diz que “solidez e gestão da bola” serão determinantes”

  1. “As finais não se jogam, ganham-se”. Mais um convertido à arrogância saloia. De certeza que nunca ouvi um responsável por equipas não portuguesas a fazerem uma proclamação desprovida de qualquer desportivismo, para não dizer bronca. E depois o desenrolar de banalidades, o repetitivo como soporífero e que outra coisa se poderia esperar de um burocrata? Logo a seguir ao jogo com a Hungria, escrevi que o meio-campo português só faria qualquer sentido com Renato Sanches e Palhinha, Renato entrou a titular no terceiro jogo e Palhinha jogou os últimos 20 no mesmo. E depois há a inexplicável ausência de João Félix e a utilização de um apagado Bruno Fernandes. Ninguém fala de João Félix, ninguém, o moço parece ser um número na ficha de jogo. O “inexplicável” é uma expressão pessoal, um sofisma, sei porque João Félix não joga e muitos também o sabem, apenas fingem que não, é a “onda”. João Félix e Cristiano são incompatíveis, dentro e fora do campo, Fernando Santos convoca-o porque tem que ser e Félix “esconde-se” porque tem que ser. Muito português: “se não podes ganhar, empatas”. O que explica porque Bruno Fernandes, na sua condição actual, seja utilizado: é compatível com Cristiano, dentro e fora do campo.

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