Portugal está fora do Euro 2020. O golo de Thorgan Hazard, irmão de Eden Hazard, foi suficiente para dar a vitória aos belgas num jogo em que os portugueses foram superiores.
A seleção portuguesa de futebol, campeã em título, foi este domingo afastada nos oitavos de final do Euro 2020, ao perder com a Bélgica por 1-0. Portugal esteve por cima no encontro, mas o esforço foi insuficiente para bater a solidez defensiva e eficácia atacante dos belgas.
“Numa análise simples, é olhar para o número de remates“, disse Fernando Santos após o final do encontro. O sentimento do selecionador português resume bem aquilo que a maioria dos portugueses pensa.
Portugal rematou 24 vezes, o quádruplo dos remates belgas. O único tento que foi à baliza portuguesa, deu em golo.
A imprensa internacional destacou o grande golo de Thorgan Hazard, irmão de Eden, jogador que inicialmente todos apontavam como um dos principais alvos a ter em conta. A verdade é que acabou por ser o Hazard “errado” a apontar o golo que deixa Portugal fora da corrida à revalidação do título.
“Neste tipo de jogos temos de aproveitar as oportunidades com as duas mãos. ‘Et voilà’ o guarda-redes esperava que eu escolhesse o outro canto, então por isso a bola entrou. Estou feliz por ter conseguido marcar pelo meu país!”, disse Thorgan Hazard, no final do encontro, em declarações citadas pela UEFA.
Se de um lado temos a frieza dos belgas, do outro temos a ineficácia dos portugueses. Apesar de ter revelado infortúnio em alguns lances, que por pouco não resultaram em golo, a realidade é que a seleção lusa teve pólvora seca. Muita parra, pouca uva. As melhores oportunidades apenas surgiram nos minutos finais do encontro.
“Não há sorte ou azar. Quando há um remate à baliza e sofres. Portugal tem várias situações, uma bola que acerta no guarda-redes, estas últimas que podia acontecer e não aconteceu. Os jogadores fizeram tudo. Deram o que tinham e não há nada a apontar-lhes. Estavam cansados mas encontraram energias para superar o desfasamento do descanso entre as equipas. Mas isso agora não serve, é só conversa”, disse ainda Fernando Santos.
Por sua vez, o selecionador belga, Roberto Martínez, reconheceu que este “foi o maior teste” que a Bélgica teve no Europeu até ao momento.
“Foi o maior teste que tivemos neste Europeu. Na primeira parte, mostrámos talento e na segunda parte tivemos algo que, há dois ou três anos, provavelmente não tínhamos, como a concentração e a entrega que revelámos”, afirmou.
Félix arrasado e as críticas a Cristiano
O ex-futebolista Roy Keane, atual comentador desportivo, teceu duras críticas a João Félix pela sua prestação. O irlandês considera que o jogador do Atlético de Madrid deveria ter marcado, tendo em conta as oportunidades que teve.
“Aquele tipo é um impostor. Ele é um impostor. O país precisa dele, tem de marcar. Cem milhões? Se eu fosse o Ronaldo, ia atrás dele no balneário. Chocante!”, atirou.
Nem Bruno Fernandes escapou à ira de Roy Keane: “Estavam a deixar-me doido. Fico muito irritado com isso, sobretudo porque são jogadores de qualidade. Ver jogadores destes a recuar e a falhar o alvo… ao menos acertem na baliza e testem o guarda-redes. Aqueles dois tipos chatearam-me à séria”.
João Félix e Bruno Fernandes saltaram do banco aos 55 minutos para render Bernardo Silva e João Moutinho, respetivamente.
Cristiano Ronaldo também foi alvo de críticas, não propriamente pela sua exibição, mas pelo seu papel como batedor de livres. O ex-futebolista Ian Wright considera que o capitão da seleção portuguesa não é especialista na marcação de livres diretos.
“Quantos livres assim é que o Ronaldo marca? Li algures que marca um em cada 50. É uma espécie de mito que ele marca bem livres. O Courtois teve tempo para ver a bola… que livre foi este?”, argumentou o antigo jogador do Arsenal em declarações à ITV Sports.
[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ]
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