Euro 2020. Inglaterra e Itália procuram suceder a Portugal na galeria dos campeões

Inglaterra e Itália defrontam-se este domingo na final do Euro2020 de futebol, procurando suceder a Portugal na galeria dos campeões, com os ingleses a tentarem em casa uma conquista inédita, enquanto a Itália procura o seu segundo título continental.

O peso histórico das duas seleções é muito diferente e pende para o lado transalpino, com a Itália a ser quatro vezes campeã mundial (1934, 1938, 1982 e 2006) e uma vez europeia (1968), enquanto Inglaterra tem um único título mundial, em 1966.

Para a equipa dos três leões, existe a semelhança, tal como aconteceu em 1966, de o país receber a competição – pelo menos em boa parte -, num Europeu que decorreu em 11 cidades de 11 países e no qual a equipa inglesa só falhou um jogo em Londres, nos quartos de final.

Tal como no Mundial em 1966, o palco da final de hoje do Euro2020 é o Estádio de Wembley, com restrições devido à pandemia da covid-19, mas prevendo-se que os quase 60.000 espetadores estejam a favor de Inglaterra.

Essa é a grande vantagem da equipa de Gareth Southgate, que chega a esta final depois de vencer o grupo D, em que derrotou a vice-campeã mundial Croácia (1-0) e a República Checa (1-0), e empatou com a Escócia (0-0), vencendo, já na fase a eliminar, a Alemanha (2-0), a Ucrânia (4-0) e a Dinamarca (2-1), esta última no prolongamento.

A Itália brilhou ainda na fase de grupos, com triunfos perante a Turquia (3-0), Suíça (3-0) e País de Gales (1-0), e, depois, ainda afastou Áustria (2-1, após prolongamento), Bélgica (2-1) e Espanha (1-1, com 4-2 no desempate por grandes penalidades).

Os ingleses têm uma oportunidade de ouro de fazer regressar ‘o futebol a casa’, como têm defendido ao longo do torneio os seus adeptos, e a Itália espera o seu bicampeonato, repetindo 1968, e não os desaires de 2000 e 2012.

As duas seleções, que entre si disputaram 27 jogos (10 vitórias transalpinas, nove empates e oito triunfos ingleses), nunca se encontraram numa final e defrontaram-se pela última vez num particular em 2018, precisamente, em Wembley, que terminou empatado 1-1.

Em competições oficiais, o último encontro data de 2014, na fase de grupos do Mundial do Brasil, num duelo que os italianos venceram por 2-1, mas com as duas equipas a falharem o apuramento para os oitavos de final da competição.

O jogo de hoje, com início às 20h00, tem arbitragem do holandês Bjorn Kuipers, e o vencedor sucede a Portugal, campeão europeu em 2016, e nesta edição do Europeu eliminado nos oitavos de final pela Bélgica, por 1-0.

Rainha de Inglaterra recorda Mundial de 1966

A Rainha Isabel II desejou hoje boa sorte à seleção inglesa para a final do Euro 2020, lembrando que teve a oportunidade de entregar a Taça do Mundial de 1966 ao capitão Bobby Moore.

“Há 55 anos tive a oportunidade de entregar a Taça do Mundo a Bobby Moore [capitão da seleção inglesa que bateu na final a Alemanha, por 4-2] e vi o que significava para os jogadores, para os diretores e para os técnicos chegar e vencer a final de um grande torneio internacional de futebol”, escreveu a Rainha.

Desde 1966, quando a Inglaterra se sagrou campeã mundial em casa, edição na qual a seleção portuguesa e Eusébio surpreenderam o mundo do futebol, ao alcançarem o terceiro lugar, nunca mais a seleção dos três leões conseguiu apurar-se para a final de uma grande competição.

A seleção orientada por Gareth Southgate não só quebrou esse jejum de 55 anos como terá oportunidade de conquistar para a Inglaterra o primeiro Europeu da sua história.

A Rainha, de 95 anos, que entregou ao capitão da Alemanha, Jurgen Klinsmann, o troféu do Europeu de 1996, que se disputou em Inglaterra, não deverá marcar presença em Wembley, cabendo ao seu neto, o príncipe William, grande adepto de futebol, representar a família real.

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