Numa final inédita em Europeus de futebol, a vitória italiana em Wembley trouxe vários factos e curiosidades que merecem destaque.
A Itália foi campeã europeia de futebol pela segunda vez, numa final ganha frente à anfitriã e estreante Inglaterra. Empate a uma bola, com vitória da Itália nas grandes penalidades, num jogo que originou curiosidades ou factos invulgares.
Deixamos aqui alguns exemplos:
- Já se sabia: final inédita e uma estreante. Itália e Inglaterra nunca tinham sido as protagonistas da final de um campeonato da Europa porque a Inglaterra nunca tinha chegado à final.
- Apesar de ser o primeiro título europeu desde 1968, a Itália é a seleção com mais presenças em finais do Europeu desde 2000: são três finais disputadas, tendo perdido as anteriores (2000 e 2012). Espanha, França e Portugal já chegaram a duas finais cada, no mesmo período. Ou seja, domínio latino no novo milénio – as exceções são Grécia, Alemanha e Inglaterra, com uma presença cada.
- Cenário de “batalha campal” antes do jogo. Nos arredores do Estádio Wembley, centenas de pessoas quiseram entrar no estádio, mesmo sem terem bilhete. Abundaram as cenas de violência.
- Primeira vez que um português, campeão europeu, levou o troféu para o relvado. Éder, muito concentrado, foi o protagonista.
- Emerson Palmieri, Jorginho e Rafael Tolói: primeira final de um Europeu com três brasileiros numa das seleções. Os três são internacionais italianos; os dois primeiros foram titulares, Tolói não saiu do banco de suplentes.
- A Inglaterra perdeu mas Luke Shaw foi recordista: ao marcar ainda antes dos dois minutos, originou o golo mais rápido de sempre numa final de um Europeu.
- Primeira final com 11 substituições realizadas. No fundo, jogaram três equipas.
- Duas dessas substituições, ambas inglesas, correram muito mal: Jadon Sancho e Marcus Rashford entraram praticamente aos 120 minutos, eram aposta de Gareth Southgate apenas para as grandes penalidades – mas ambos falharam nas respetivas tentativas.
- Foi somente a segunda final que acabou no desempate por grandes penalidades. O único exemplo havia acontecido em 1976, quando a Checoslováquia derrotou a República Federal da Alemanha. Em 1968, no primeiro troféu italiano, a final com a Jugoslávia também terminou com um empate mas, na altura, havia um segundo jogo entre as finalistas, em caso de igualdade.
- Fim-de-semana que ditou o término de dois longos “jejuns” continentais: a Itália não era campeã europeia desde 1968 e a Argentina (vencedora da Copa América, na noite anterior) não ganhava na América do Sul desde 1993. E os dois troféus foram erguidos na casa mítica do outro finalista: Itália em Wembley, Argentina no Maracanã.
- Pela primeira vez, em dois Europeus seguidos a seleção derrotada na final jogava em casa: França em 2016, Inglaterra em 2021. O outro anfitrião derrotado foi Portugal, em 2004.
- A Itália não perde há 34 jogos. A última derrota foi contra Portugal, há quase três anos. Está a um jogo de igualar os recordes de Brasil e Espanha. E o próximo compromisso é diante da Bulgária, em casa.
- Cristiano Ronaldo foi o maior goleador do torneio, com os mesmos golos de Patrik Schick. É a segunda vez que um português termina neste lugar: Cristiano foi também o estreante, em 2012, na altura com os mesmos golos de outros cinco jogadores. E é o goleador mais velho de sempre na prova.
- Gianluigi Donnarumma eleito oficialmente o melhor jogador da prova – foi a primeira vez que um guarda-redes ficou com o troféu de melhor futebolista de um Europeu.
- Fica também para a memória (e para análises subjetivas) o gesto de Donnarumma, quando defendeu a última grande penalidade: não festejou. Caminhou tranquilamente para o seu lado esquerdo, provavelmente para confortar o adversário Jordan Pickford. Os seus compatriotas correram, “abafaram-no” e não foi possível perceber o que o jovem guarda-redes iria fazer.
- Depois do jogo, um dos jogadores italianos que estiveram a celebrar no relvado de Wembley é um jogador… de ténis: Matteo Berrettini, que horas antes tinha perdido a final de Wimbledon, também em Londres, frente a Novak Djokovic. “Esta vitória até me compensa a derrota em Wimbledon”, afirmou o tenista.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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