Há cerca de cinquenta de inquéritos em curso, a que se somam mais de uma centena investigados pelo Fisco. Fraude fiscal, branqueamento, tráfico de influências e viciação de resultados de jogos da primeira liga estão na mira das autoridades.
De acordo com o Jornal de Notícias, só no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) estão em curso meia centena de inquéritos que investigam negócios de clubes da primeira e segunda liga por eventual corrupção. No Fisco, estão em investigação mais uma centena de processos administrativos.
O jornal refere que no DCIAP foi criada uma equipa especial que investiga crimes de corrupção no mundo do futebol e em que está envolvida a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.
Entre os casos em investigação está o dos emails do Benfica, suspeito de ter criado uma rede de influências para dominar o futebol português. Mas também há processos por viciação de resultados em jogos da primeira liga e suspeitas de fraude fiscal e branqueamento envolvendo vários clubes.
A Operação Fora de Jogo, que investiga um alegado esquema de comissões-fantasma pagas por clubes através da emissão de faturas de serviços fictícios, é o processo de maior complexidade.
Em causa estão negócios de 500 milhões de euros, tendo já sido constituídos 130 arguidos, entre jogadores, agentes, intermediários, dirigentes de clubes e sociedades desportivas.
O Benfica, FC Porto, Sporting, Guimarães e Marítimo estão entre os clubes investigados no âmbito deste mega-processo, que teve início em 2015 e já agregou seis inquéritos.
Os esquemas em investigação são semelhantes aos que estão a ser escrutinados pelas autoridades judiciais noutros processos, incluindo a Operação Cartão Vermelho, que levou à detenção do até aqui presidente do Benfica Luís Filipe Vieira e do agente, e seu aliado, Bruno Macedo.
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