Luís Filipe Vieira sente-se traído pelos administradores da SAD do Benfica

Luís Filipe Vieira sente-se traído e abandonado pelos administradores da SAD do SL Benfica após a sua detenção no âmbito do processo Cartão Vermelho.

“Não assinei sozinho”, terá dito o ex-presidente das ‘águias’, segundo uma fonte próxima de Vieira.

Ainda de acordo com a fonte citada pelo Correio da Manhã, Luís Filipe Vieira terá ficado “magoado” pelos restantes administradores se terem demarcado das decisões que alegadamente partilharam consigo nos últimos anos.

“A seu tempo ver-se-á se de facto ninguém sabia. Ou se nunca se importaram e agora são os primeiros a abandonar o barco, com medo que se perceba que os documentos não têm apenas uma assinatura”, diz a mesma fonte. “Vamos ver se algumas das situações foram de facto crime”.

Vieira entende ainda que a venda das ações ao empresário norte-americano John Textor também era vital, significando uma parceria estratégia que iria trazer mais-valias ao clube.

“A prioridade é resolver o problema da caução e permitir que se possa movimentar. Depois pensará no Benfica e no que lhe fizeram”, confidenciou a mesma fonte ao CM.

Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do clube e Novo Banco.

O agora ex-presidente do Benfica está em prisão domiciliária até à prestação de uma caução de três milhões de euros e proibido de sair do país, além de estar indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação.

Segundo o Ministério Público, o empresário provocou prejuízos ao Novo Banco de, pelo menos, 45,6 milhões de euros, compensados pelo Fundo de Resolução.

No mesmo processo, denominado Cartão Vermelho, foram detidos, para primeiro interrogatório judicial, o seu filho Tiago Vieira, o agente de futebol e advogado Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, todos indiciados por burla, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ][/sc]