Anri Egutidze ficou claramente desiludido por ter perdido logo no seu primeiro combate no torneio masculino de judo: “Vim para ganhar, mesmo”.
Anri Egutidze chegou aos Jogos Olímpicos para lutar por uma medalha no judo, categoria -81kg, mas foi derrotado logo no seu primeiro combate. No desempate por “morte súbita”, Anri perdeu por waza-ari contra o austríaco Shamil Borchashvili.
O número 19 do mundo perdeu contra o número 22 do mundo – entretanto o austríaco continuou a surpreender e conquistou a medalha de bronze.
Quem queria uma medalha era o judoca português: “Mais ou menos há um mês consegui uma medalha (de bronze) no campeonato do mundo, vim mais motivado. Mas não dá para aceitar, realizar aqui só um combate ou dois. O objetivo aqui era uma medalha“.
“Para mim, perder na primeira luta ou perder na disputa por uma medalha iria ser quase igual. Dói muito, vim mesmo para ganhar. Não consigo aceitar“, confessou Anri, em lágrimas, durante uma entrevista rápida à RTP.
Mais tarde, na zona mista do pavilhão, acrescentou: “São os Jogos Olímpicos, queremos sempre mais e melhor. Se chegasse à final, queria ser campeão e não ia aceitar uma outra medalha. Já a tinha, não iria ficar mais tranquilo”.
O atleta que nasceu na Geórgia analisou depois o combate com Borchashvili: “Desde início procurei a vitória, projetar. Eu tentei o contra-ataque, ele continuou, conseguiu waza-ari. O que eu esperava do combate não era isto. Nem por um minuto pensei perder desta maneira, porque eu sei da minha capacidade, que era lutar por uma medalha nos Jogos”.
“Em vez de conseguir impor o meu judo, fui no jogo dele. Deveria ter feito tudo de forma mais tranquila, mas senti ansiedade. Isto custa muito e acho que esta dor vai ficar até Paris (sede dos Jogos Olímpicos em 2024). É uma dor diferente das outras competições”, admitiu o judoca.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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