O Sporting parece querer manter a senda de sucesso da época passada e entrou em 2021/22 com o pé direito.
Os “leões” bateram o Sporting de Braga por 2-1, num jogo que valeu, sobretudo, pela primeira parte, e arrecadaram a nova Supertaça Cândido de Oliveira, ultrapassando o Benfica (8) na lista de vencedores.
Os minhotos começaram melhor, marcaram por Fransérgio, mas ainda antes do intervalo, Jovane Cabral e o inevitável Pedro Gonçalves deram a volta ao marcador.
Intensidade e futebol directo
“Leões” e “guerreiros” apresentaram esquemas tácticos semelhantes, 3-4-3 pronunciados, com intensidade e futebol directo, para as costas das defesas.
O Sporting foi a equipa que mais vezes o conseguiu fazer, mas o Braga marcou primeiro, e desta forma, com Ricardo Horta a lançar Fransérgio e este a marcar.
Responderam os lisboetas por Jovane Cabral, da mesma maneira, após passe em profundidade de Nuno Mendes, e Pedro Gonçalves, com uma tremenda “trivela”, colocou os “verdes-e-brancos” na frente.
As duas formações terminaram com o mesmo número de passes longos (29), e Sporting com mais qualidade (13-11 certos), o que se reflectia, ao intervalo, em dez passes ofensivos valiosos contra apenas dois do Braga e duas ocasiões flagrantes criadas contra… zero.
A segunda metade foi menos interessante, em virtude de o Sporting mudar um pouco o cariz do jogo, visto encontrar-se em vantagem.
Começou por abrandar o ritmo de jogo, embora mantendo a mobilidade na frente e os passes para os espaços vazios, com a defesa do Braga sem saber bem o que fazer para travar Pedro Gonçalves e companhia.
As estatísticas, aliás, saíram reforçadas para o lado leonino, mais rematador e perigoso, e com uma muito maior facilidade de chegar à área contrária. Os lances de perigo não surgiram com tanta frequência, pelo que o resultado manteve-se até final.
Melhor em Campo
Jovane Cabral entrou na época a todo o gás. O extremo aproveitou a sua alta rotação para fazer vingar o seu futebol, em especial numa primeira parte intensa e animada.
O jovem “leão” foi o MVP da partida, com um GoalPoint Rating de 7.3, conseguido em 75 minutos em campo.
Além do golo do empate, Jovane foi uma dor de cabeça para o Braga, graças à sua velocidade, a aparecer nas costas da defesa minhota. E terminou o jogo com dois passes para finalização, cinco passes ofensivos valiosos, seis aproximativos (máximo) e sucesso total nas seis tentativas de drible (também valor mais alto).
Destaques do Sporting:
Pedro Gonçalves 7.2 – Ficou perto do o MVP (as duas ocasiões flagrantes perdidas impediram-no) e mostrou que os golos que marcou na época passada não foram obra do acaso. Extraordinário o tento que deu a vitória ao Sporting, numa “trivela” que foi apenas um de seis remates (máximo do jogo), tendo enquadrado quatro. Somou o máximo de acções com bola na área bracarense.
Matheus Nunes 6.8 – Que enorme jogo do médio leonino. Galgou metros e linhas com as suas arrancadas e terminou com uma assistência, 12 recuperações de posse e quatro dribles eficazes em cinco. Ninguém se lembrou de João Mário, para os lados de Alvalade.
Nuno Mendes 6.6 – O lateral-esquerdo surgiu neste arranque de época com uma frescura e poder físicos invejáveis. Além da assistência para Jovane, criou duas ocasiões flagrantes em três passes para finalização e fez três desarmes.
Sebastián Coates 6.2 – O central não esteve muito bem no passe (71% certos), mas somou 11 recuperações de posse e oito acções defensivas.
Ricardo Esgaio 6.1 – Exibição muito positiva ante a sua antiga equipa. Esgaio fez sete recuperações de posse, três desarmes e esteve impecável no posicionamento.
João Palhinha 5.7 – Primeira metade de nível elevadíssimo, nos duelos, na área de terreno coberta. Caiu um pouco fisicamente na segunda parte, mas terminou com dois passes para finalização, três duelos aéreos defensivos ganhos (100%) e quatro bloqueios de passe.
Gonçalo Inácio 5.5 – O jovem não foi exuberante, mas não deu veleidades a quem lhe foi aparecendo pela zona de acção, nomeadamente Galeno e Abel Ruiz. Somou 11 recuperações de posse.
Tiago Tomás 5.3 – Entrou para o lugar do desinspirado Paulinho e fez os últimos 23 minutos, mas sem deslumbrar. Ainda assim criou uma ocasião flagrante de golo.
Bruno Tabata 5.2 – O brasileiro jogou 13 minutos, mas pouco fez na partida.
Feddal 5.2 – Bem no passe (89% de eficácia), jogou 75 minutos e foi, mesmo assim, o jogador com mais acções com bola (90). De restou somou apenas duas acções defensivas (intercepções).
Paulinho 4.3 – Pior rating do Sporting. A forma como se movimenta em diagonais abriu espaços para Pedro Gonçalves e Jovane causarem estragos, pelo que foi importante para o “leão”. Contudo, esteve desinspirado na frente, não tendo somado qualquer remate, algo em que, no entanto, reparte a “culpa” com os colegas que raramente o serviram para tal.
Destaques do Braga:
Fransérgio 6.5 – O melhor elemento dos minhotos. O brasileiro fez o golo inaugural da partida e um passe para finalização.
Ricardo Horta 6.3 – O mais inconformado do Braga. O criativo fez o (extraordinário) passe para o golo de Fransérgio, registou dois passes para finalização, sete recuperações de posse e três desarmes. Foi o jogador mais vezes carregado em falta (5).
Matheus Magalhães 6.2 – O guardião bracarense não teve culpa nos golos sofridos e ainda arrancou cinco defesas e três saídas pelo solo eficazes.
Raúl Silva 5.4 – O central viu-se e desejou-se perante a velocidade dos “leões” que apareciam nas suas costas e não foi além de duas acções defensivas.
Nuno Sequeira 5.4 – Um dos jogadores com mais passes falhados (16), algo que nem lhe é habitual. Ainda assim recuperou dez vezes a posse e fez seis desarmes, máximo do jogo.
Al Musrati 5.4 – Muito preso à posição o líbio, e nem o facto de ter tido pouca ajuda por parte de André Horta explica esse facto. Ainda assim somou 11 recuperações de posse, quatro acções defensivas no meio-campo contrário e quatro intercepções.
Roger Fernandes 5.3 – O avançado do Braga estreou-se na primeira equipa… aos 15 anos (nasceu a 21 de Novembro de 2005). Momento marcante para um “miúdo” veloz, sem medo e que completou uma tentativa de drible, no último terço.
Fabiano 4.9 – O ala começou bem e até assinou alguns momentos interessantes, com 11 recuperações de posse, quatro acções defensivas no meio-campo contrário e cinco desarmes. Mas perante Nuno Mendes acabou por desaparecer, acumulando 26 perdas de posse e três desarmes sofridos.
Abel Ruiz 4.4 – O espanhol passou ao lado do jogo, apesar dos seus três remates, só um enquadrado.
Resumo
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