Darlan ficou em 4.º mas recebeu mais dinheiro do que os campeões olímpicos

Local de treino de Darlan Romani

Está fechada uma “vaquinha” para ajudar o atleta brasileiro, que quase subiu ao pódio em Tóquio apesar de não ter local para treinar.

Darlan Romani foi uma das figuras do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Não conquistou qualquer medalha (esteve quase) mas captou a atenção e o respeito dos brasileiros por causa do seu contexto.

A pandemia alterou completamente os planos do especialista no lançamento do peso. O local onde treinava, em Bragança Paulista, foi encerrado. E, para não “fugir” ao isolamento imposto no Brasil, no ano passado, o atleta começou a treinar num terreno baldio, abandonado.

As imagens do local improvisado de treino começaram a espalhar-se nas redes sociais e o atleta virou figura nacional.

Apesar dos imprevistos, Darlan chegou a Tóquio e ficou no quarto lugar na final do lançamento do peso. Atingiu os 21.88 metros, a sua melhor marca do ano, a pouco mais de meio metro de Tomas Walsh, que conquistou a medalha de bronze. O campeão foi o favorito Ryan Crouser, recordista mundial e que melhorou o recorde olímpico nessa final.

Entretanto foi criada uma “vaquinha virtual” para ajudar financeiramente o atleta a marcar presença na próxima edição dos Jogos Olímpicos, em Paris.

A iniciativa partiu do projeto ‘Razões para Acreditar’ e tinha como objetivo chegar a cerca de 24 mil euros. A “vaquinha” foi encerrada nesta terça-feira e o total angariado foi quase 50 mil euros – mais do dobro da ideia inicial.

“Sim, isto vai ajudar-me neste período de encerramento de contratos, até às novas assinaturas. Afinal, as contas não param de chegar”, comentou Darlan, que tem recebido outros apoios, de patrocinadores, e que vai encaminhar o valor em excesso para uma organização não governamental que ajuda crianças e jovens em Bragança Paulista.

A curiosidade é que Darlan Romani, ao receber quase 50 mil euros, conseguiu um valor mais elevado do que um campeão olímpico brasileiro. O Comité Olímpico Brasileiro deu um prémio de cerca de 40 mil euros a cada atleta que conseguiu uma medalha de ouro no Japão.

[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]


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