E o Sporting continua sem conseguir bater o Famalicão. O campeão nacional nunca conseguiu lidar com os contra-ataques rápidos dos comandados de Ivo Vieira, que surgiram várias vezes nas costas da defesa leonina, valendo ao “leão” o acerto de António Adán.
Na primeira parte, a igualdade sem golos era lisonjeira para os visitantes, que se viram em desvantagem mercê de um autogolo de Nuno Mendes, e apenas conseguiram empatar, por João Palhinha. Primeiros pontos perdidos pelo Sporting, primeiro ganho pelo “Fama”.
Vida difícil para o Sporting na primeira parte em Famalicão. Os “leões” entraram bem, mas aos poucos os homens da casa começaram a aparecer com perigo no ataque, surgindo nas costas da defesa lisboeta, e não fosse Antonio Adán e o resultado poderia ser bem negativo para os campeões nacionais ao intervalo.
Muito mais rematador, o “Fama” criou duas ocasiões flagrantes, mas desperdiçou-as, com Adán a realizar quatro defesas, três a remates menos de oito metros.
As dificuldades leoninas continuaram na segunda metade, apesar de o Sporting parecer mais afoito após as entraras de Pedro Porro e Nuno Santos, para os lugares de Ricardo Esgaio e Jovane Cabral, respectivamente.
Porém, o principal problema era mesmo a incapacidade de travar as transições famalicenses, e num grande lance de Iván Jaime, Ivo Rodrigues isolou-se, rematou, e a bola entrou (68′), num autogolo de Nuno Mendes (a meias com Gonçalo Inácio).
Mas na sequência de um canto, aos 82 minutos, João Palhinha empatou (segundo jogo consecutivo a marcar), e logo a seguir, Paulinho cabeceou com selo de golo, mas Luiz Júnior fez grande defesa.
Melhor em Campo
Enorme Adán. Em especial na primeira parte (mas também na recta final), o guardião espanhol realizou uma exibição de grande nível, evitando que o Sporting chegasse ao intervalo a perder, graças a um punhado de defesas extraordinárias.
O MVP do encontro terminou com um GoalPoint Rating de 7.6, graças a cinco defesas, quatro a remates na sua área, três a disparos a menos de oito metros, chamados “à queima-roupa”. Uma autêntica muralha.
Destaques do Famalicão
Iván Jaime 7.0 – Dá gosto ver o espanhol jogar. Excelente a transportar a bola em velocidade nas transições, é difícil roubar-lhe o esférico, como no lance do 1-0. O médio criou uma ocasião flagrante, fez um passe de ruptura e quatro conduções aproximativas.
Luiz Júnior 7.0 – Tal como Adán, o guardião da casa teve muito trabalho e foi importante a evitar o golo leonino na segunda parte. Fez quatro defesas, três a remates na sua área, somou três saídas pelo solo eficazes e outros tantos lançamentos longos certos.
Diogo Figueiras 6.5 – Implacável nos duelos, o lateral-direito travou as investidas de Jovane e Nuno Mendes, terminando com três desarmes. Com a bola nos pés concluiu dois de três dribles e criou uma ocasião flagrante em quatro passes para finalização.
Alexandre Penetra 6.5 – O central esteve muito atento e foi competente nas acções defensivas. Ao todo somou 11, com destaque para quatro intercepções.
Destaques do Sporting
Pedro Porro 6.9 – A sua entrada abanou com o jogo leonino. Bem mais ofensivo que Esgaio, o espanhol quase marcou, num longo chapéu a Luiz Júnior. Nos 36 minutos que esteve em campo criou uma ocasião flagrante em seis passes para finalização (máximo da partida), somou cinco passes ofensivos valiosos e teve sucesso em extraordinários quatro cruzamentos de bola corrida em nove tentativas.
Sebastián Coates 6.8 – Tentou a todo o custo empurrar a sua equipa para a frente através de passes longos, completando dez de 18 – fez 18 passes aproximativos (máximo na Liga) e três muito aproximativos. Foi o jogador com mais acções com bola (110) e bloqueios de remate (4).
Gonçalo Inácio 6.0 – Azarado o central leonino, pois foi ele que, na tentativa de afastar a bola, a pontapeou para as pernas de Nuno Mendes. Ainda assim foi também dele a assistência para Palhinha.
João Palhinha 5.7 – O “trinco” estava a realizar um jogo discreto, em especial em termos ofensivos, arriscando pouco. Contudo, acabou por ser dele o tento do empate – o segundo em dois jogos. Foi de Palhinha o máximo de recuperações de posse (12).
Daniel Bragança 5.6 – Nos 22 minutos que esteve em campo destacou-se apenas por dois dribles completos (em duas tentativas).
Feddal 5.5 – O marroquino esteve muito bem no passe, completando 56 de 59 (95%), mas foi driblado duas vezes no terço defensivo, mais do que qualquer outro jogador.
Tiago Tomás 5.4 – Entrou para os últimos 20 minutos para dar velocidade e imprevisibilidade ao ataque, mas só fez um remate e perdeu quatro posses em oito acções com bola.
Matheus Nunes 5.3 – O médio, chamado por Tite à “canarinha”, realizou uma exibição pálida, apenas com três intercepções como destaque.
Nuno Santos 5.2 – Tal como Porro, deu outra vivacidade ao Sporting, mas acabou por perder-se. Destaque, contudo, para um remate ao poste e dois cruzamentos eficazes em cinco.
Pedro Gonçalves 5.0 – Jogo tímido da estrela leonina. Já na época passada, “Pote” foi infeliz na visita à antiga equipa (foi expulso). Ainda assim fez quatro remates, dois enquadrados, um passe de ruptura e somou seis acções com bola na área contrária.
Paulinho 4.6 – Partida para esquecer de Paulinho. O atacante foi o mais rematador (5, a par de Ivo Rodrigues), somou sete acções com bola na área contrária e ganhou dois de três duelos aéreos ofensivos, mas desperdiçou uma ocasião flagrante.
Resumo
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