O Benfica escolheu, esta quarta-feira, o dia 9 de outubro como a data das eleições para os órgãos sociais do clube, um ano depois de o seu ex-presidente, Luís Filipe Vieira, ter sido reconduzido no cargo.
“O presidente da Mesa da Assembleia-Geral, após consulta aos restantes elementos da Mesa, decidiu convocar a Assembleia Eleitoral para o próximo dia 9 de outubro. Em breve será apresentado aos sócios o programa de todo o Processo Eleitoral”, referiu o clube lisboeta no seu site oficial, depois da reunião plenária dos seus órgãos sociais.
A atual equipa é liderada por Rui Costa, que substituiu na presidência Luís Filipe Vieira, quando este foi detido e implicado na operação judicial Cartão Vermelho.
De modo a dar cumprimento aos estatutos, todos os membros dos órgãos sociais apresentaram o seu pedido de renúncia.
O presidente da mesa da assembleia-geral, António Pires de Andrade, lembrou que, a 13 de julho, numa outra reunião plenária dos mesmos órgãos, foram definidos um conjunto de objetivos aos quais se tornava “imperativo dar resposta”, destacando a preparação da época desportiva no futebol e nas modalidades, a qualificação para a Liga dos Campeões, a conclusão do empréstimo obrigacionista e assegurar “um adequado” fecho do mercado.
O dirigente recorda que o novo presidente, Rui Costa, com a “unanimidade” dos vice-presidentes, prometeu, na altura, “promover as diligências tendentes à realização de uma consulta aos sócios através de um novo ato eleitoral”, sendo que o mesmo deveria ocorrer até ao final de 2021.
Segundo Pires de Andrade, o plenário concluiu que os objetivos traçados “foram atingidos” e que foi conseguida uma “forte estabilidade no clube”, pelo que, tendo igualmente em conta o calendário desportivo até ao fim do ano, foi escolhido o 9 de outubro para a realização da assembleia-geral eleitoral para os próximos quatro anos.
“Deseja-se, desde já, que o mesmo decorra com elevação e qualidade, que engrandeça uma vez mais o espírito de unidade entre todos os sócios e que sirva para uma discussão de ideias e projetos dos vários candidatos que venham a apresentar-se ao ato eleitoral”, referiu o presidente da mesa.
Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos no início de julho numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do Benfica e Novo Banco e está indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação.
O ex-presidente encarnado começou por suspender as suas funções no Benfica, mas, em 15 de julho, acabou por apresentar a sua demissão, sendo substituído por Rui Costa.
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