Feito impensável? Maior momento de sempre no desporto britânico? Personalidade do ano? Abundam as análises à nova campeã do US Open, que não quer largar o troféu.
Foi um dos maiores momentos da história do desporto britânico, segundo a própria imprensa britânica: Emma Raducanu surpreendeu toda a gente – incluindo a própria – e venceu o US Open venceu o US Open.
Antes do início e último quarto Grand Slam do ano, poucas pessoas conheciam esta tenista. Emma estreou-se num quadro principal de um torneio WTA somente há três meses. Esteve em Wimbledon graças a um convite da organização e, já aí, causou algum impacto, por ter ultrapassado três rondas e cair apenas nos oitavos de final.
Desta vez, longe de casa, teve de passar pela qualificação e até tinha reservado um bilhete de avião com destino ao Reino Unido, para as vésperas do início do US Open, porque poderia nem superar a fase de qualificação.
Superou. E superou todas as outras eliminatórias. Sem perder qualquer parcial. Venceu todos os jogos por 2-0. A última tenista a conseguir este feito em Nova Iorque foi Serena Williams, em 2014. Emma ganhou todos os jogos e ganhou sempre com domínio claro.
Os 18 anos não incomodaram. As cerca de 24 mil pessoas presentes nas bancadas, na final, não incomodaram a tenista que, em Junho deste ano, ocupava a posição 361 na tabela WTA e era a número 150 há três semanas. Agora salta para o 23.º lugar.
A primeira jogadora proveniente da qualificação a vencer um Grand Slam também foi histórica a nível nacional: primeira britânica a vencer o US Open desde 1968 (Virginia Wade, que esteve nesta final, nas bancadas), primeira britânica a conquistar um Grand Slam desde 1977 e a britânica mais jovem de sempre – e mais nova a nível mundial desde 2004 – a ganhar um dos quatro grandes torneios do ténis.
Já recebeu os parabéns da rainha Isabel II. E passou a ser candidata favorita a personalidade do ano, no desporto, para a BBC.
Um dos percursos mais surpreendentes, ou mesmo o mais surpreendente, de sempre num Grand Slam terminou ainda com uma recompensa monetária de quase 1.4 milhões de euros.
E com um troféu que, disse a própria jogadora, não quer largar.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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