A Libertadores concentra as atenções dos jogadores e dos adeptos mas, entretanto, a liderança do Brasileirão fugiu.
O Palmeiras estava numa fase excelente há pouco tempo. No final de Julho completou uma série de nove vitórias consecutivas, entre campeonato e Taça Libertadores, mas desde aí o cenário mudou muito.
Neste domingo o Allianz Parque foi o palco de mais um desaire da equipa de Abel Ferreira, que perdeu em casa contra o Flamengo por 1-3, num encontro entre os dois últimos campeões sul-americanos.
Nesta partida da 20.ª jornada do Brasileirão, Wesley ainda inaugurou o marcador para o Palmeiras mas logo a seguir Michael empatou. Pedro completou a reviravolta e Michael bisou, fechando o resultado.
Esta derrota piorou a contabilidade recente dos paulistas: nos últimos oito compromissos oficiais, ganhou apenas duas vezes, empatou outras duas e perdeu quatro. Retirando os jogos da Libertadores, o caso é ainda mais grave: uma vitória e um empate nas últimas seis jornadas, durante as quais perdeu quatro partidas.
Curiosamente, a pior sequência da época chega na fase em que Abel tem mais tempo para preparar cada jogo. Em média, o intervalo entre cada duelo tem sido de cinco dias. No futebol brasileiro isto é “quase uma eternidade“, escreve Fabricio Crepaldi.
Na sua análise ao momento do Palmeiras, no portal do Globoesporte, Fabricio sublinha que os adeptos do Palmeiras – e provavelmente os jogadores – estão concentrados, não no Brasileirão, mas sim na Taça Libertadores. O Palmeiras está nas meias-finais e vai defrontar, ainda em Setembro, o Atlético Mineiro (os dois primeiros classificados do campeonato brasileiro).
O problema é que, enquanto se pensa na Libertadores, as contas no Brasileirão mudaram muito: há um mês e meio o Palmeiras liderava com três pontos de vantagem sobre os mineiros; agora estão a sete pontos de distância do rival, que é líder.
A equipa apresentou resultados piores e exibições piores, nas últimas semanas. A defesa preocupa, não se cria espaço no ataque e faltam oportunidades de golos. E faltam golos. “O Palmeiras foi um deserto de ideias e de criatividade”, analisa Fabricio, que viu contra o Flamengo “um show de erros de passes e cruzamentos”.
E, além disso, enquanto Abel tinha todos os jogadores do seu plantel à sua disposição, no Flamengo faltaram Gabigol, Bruno Henrique, Filipe Luis, Diego e Rodrigo Caio.
Vem aí mais uma semana sem jogo à quarta-feira. O próximo jogo do Palmeiras é no sábado, contra a Chapecoense. Depois virá a primeira “mão” da Libertadores.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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