Ronald Koeman até poderá sair mas não será Jordi Cruyff a substituir o seu compatriota.
O Barcelona atravessa uma fase perturbada, já há algum tempo, mas o panorama financeiro piorou o cenário fora de campo e a saída de Lionel Messi agravou a situação dentro de campo.
Ainda com Messi no plantel, foi chamado um “herói” da casa enquanto jogador, Ronald Koeman, que pensou-se que poderia dar a volta a situação.
Para já, não. Na época passada o campeonato nacional voltou a fugir, a Liga dos Campeões voltou a ficar longe e, nesta temporada, nenhuma exibição convenceu o suficiente, até agora.
O pior jogo foi o último, nesta terça-feira, na derrota caseira por 0-3 contra o Bayern Munique, na estreia na Liga dos Campeões, num encontro que mostrou o óbvio: não dá para mais.
Equipas como o Bayern estão claramente acima do Barcelona que, sem Messi, terá de encontrar rapidamente uma solução, ou irá passar por uma fase negativa prolongada.
Piqué admitiu, depois do jogo com o campeão alemão: “É o que é, somos o que somos agora e espero que regressem os jogadores que estão lesionados. É um ano complicado“.
Esse ano complicado começou, tal como o anterior, com Koeman no banco. O presidente Joan Laporta não tem a melhor relação possível com o holandês.
Ainda nesta semana, numa entrevista ao canal NOS, o técnico contou que a sua relação com Laporta tem melhorado mas admitiu que não gostou de declarações recentes do presidente: “Sugeriu que o treinador não tem todo o poder. Falou demasiado e não foi prudente“.
Joan Laporta gostaria de ter um novo treinador em Camp Nou mas, de acordo com o jornal Marca, não encontra o sucessor que gostaria.
A prioridade será Jordi Cruyff, filho da “lenda” do clube, Johan Cruyff. Jordi, 47 anos, passou pelo Barcelona (algo discretamente) enquanto jogador.
Como treinador também tem acumulado passagens discretas, por Malta, Israel, China e Equador.
Desde o mês passado voltou ao Barcelona, para integrar a nova estrutura do clube, como uma espécie de conselheiro do presidente.
Cruyff é amigo de Laporta mas é ainda mais amigo de Koeman. Já em Julho tinha garantido, também em entrevista ao jornal Marca, que “nunca” iria substituir Ronald Koeman no comando técnico do Barcelona: “Seria feio e tenho princípios“.
O diário desportivo assegura que essa postura não mudou e, apesar das várias sondagens que tem recebido, Jordi recusa ser treinador dos catalães.
O Barcelona espera pelos reforços internos – Ansu Fati, Agüero, Pedri e Dembélé – para melhorar as suas exibições.
O jornal avisa ainda que o “jogo decisivo” do Barcelona, na segunda jornada da Liga dos Campeões, será contra o Benfica: “Perder contra o Benfica seria um novo drama”.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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