O Sporting e o FC Porto empataram 1-1, em jogo da sexta jornada da Primeira Liga cujo resultado final traduz o domínio total dos “leões” na primeira parte e a reação dos “dragões” na segunda.
A entrada fortíssima do Sporting traduziu-se em golo logo aos dois minutos, por intermédio do jovem defesa-esquerdo argentino Jonathan Silva, mas o FC Porto reagiu na etapa complementar e igualou aos 56 minutos, beneficiando de um autogolo do defesa-central francês Naby Sarr.
O Sporting conseguiu surpreender o FC Porto, pressionando alto e colocando níveis de agressividade elevados, quer na recuperação da bola quer nas saídas para o ataque, o que lhe permitiu ter capacidade para circular a bola e, sobretudo, não a perder.
A entrada forte foi coroada com o golo madrugador, aos dois minutos, quando Nani, num rasgo de inspiração, segurou a bola entre vários adversários, colocou-a no lado oposto para a entrada de Carrillo, cujo cruzamento apanhou Jonathan Silva no coração da área e este finalizou de cabeça.
O FC Porto não conseguiu responder à pressão alta do Sporting, os seus jogadores perderam quase todos os duelos individuais na primeira meia-hora e assim nunca conseguiu assentar o seu jogo.
Aos 10 e 15 minutos, o Sporting desperdiçou duas oportunidades flagrantes para ampliar, ambas por João Mário, tendo o Sporting sido dono e senhor do jogo até à meia-hora, quando começou a baixar um pouco a intensidade de jogo, embora conservando claro ascendente perante um FC Porto manietado e irreconhecível perante a qualidade coletiva e individual de Wiliam Carvalho, Adrien, João Mário, Nani e Carrillo, em noite inspirada.
Ainda antes do intervalo, aos 39 minutos, Carrillo ultrapassou vários adversários e ofereceu o golo a Nani, que, em pleno coração da área, rematou em força, tendo a bola embatido no corpo de Fabiano.
Lopetegui tinha de mexer para tentar mudar o rumo dos acontecimentos e retirou os dois únicos portugueses da equipa, Quaresma e Rúben Neves, as duas unidades de mais fraca produção, para a entrada de Oliver Torres e Tello.
Domínio do Sporting, reacção do FC Porto
Quatro minutos depois do intervalo, Brahimi isolou Jackson Martinez, mas o avançado coloniano não foi capaz de bater Rui Patrício, que se saiu ao seu encontro, numa falha de marcação a meio-campo dos “leões”.
O cariz do jogo mudou, porque o Sporting não foi capaz de manter a mesma intensidade de jogo e porque o FC Porto passou a ter com Oliver Torres mais bola e com Tello mais objetividade no flanco.
Finalmente, a equipa podia respirar e explanar um jogo mais consentâneo com as suas capacidades coletivas.
Não obstante a subida de rendimento portista, foi com alguma felicidade que o FC Porto chegou ao empate, num autogolo de Naby Sarr, após um cruzamento de direita de Danilo, a quem o Sporting, ao contrário do que sucedeu na primeira parte, passou a ter muito mais dificuldades em travar as suas incursões.
O golo reforçou a confiança dos jogadores portistas na segunda parte, cujo primeiro quarto de hora lhes pertenceu por inteiro, dando sinais de quererem tomar conta do jogo, mas o Sporting foi reagindo gradualmente, recuperando confiança e alma, tendo a partida entrado numa fase de equilíbrio, em que o resultado podia pender para um ou outro lado.
Marco Silva trocou Carrillo, esgotado, por Capel, procurando explorar a velocidade do espanhol, numa altura em que a equipa estava menos subida e menos pressionante e em que sobravam mais espaços nas costas da defesa portista.
O esquerdino espanhol dos “leões” rematou com estrondo à barra aos 80 minutos, mas o FC Porto esteve mais perto do 2-1 por duas vezes, ambas por Tello, aos 82 e aos 90 minutos, em que não teve engenho para desfeitear Rui Patrício, quando tinha boas condições para o fazer.
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