Rui Costa, de 49 anos, foi eleito na madrugada deste sábado como o 34.º presidente da história do Benfica, ao vencer as eleições antecipadas de sexta-feira para os corpos sociais do clube, com 84,48% dos votos.
Naquele que foi o ato eleitoral com mais votantes de sempre, com 40 085, contra os 38.102 que elegeram Luís Filipe Vieira em 2020, Rui Costa obteve uma vitória clara para gerir os destinos do Benfica no quadriénio 2021-2025, batendo Francisco Benitez, líder do movimento Servir o Benfica, que teve 12,24% dos votos.
No seu primeiro discurso como 34.º presidente do Benfica, Rui Costa prometeu empenho para “fazer o Benfica ganhar” e anunciou que com o final do processo eleitoral se inicia “um novo ciclo” na vida do clube.
“O grande vencedor destas eleições históricas foi o Sport Lisboa e Benfica e a sua grandeza. Com 40 085 sócios votantes, tivemos a maior mobilização de sempre em eleições de um clube em Portugal. Por isso, quero agradecer aos milhares de benfiquistas que fizeram questão de dizer presente, num processo eleitoral que decorreu com enorme dedicação e civismo e a todos nos enche de orgulho”, começou por sublinhar Rui Costa.
O maestro, como era conhecido como jogador, considerou que “o Benfica sai bem mais forte deste processo eleitoral”, graças a “um debate vivo e democrático”, e elogiou a oposição constituída pela Lista B, liderada por Francisco Benitez. “Quero deixar uma palavra de elogio, na pessoa de Francisco Benitez, a todos os benfiquistas que se candidataram aos mais diversos lugares dos órgãos sociais do nosso clube e que fizerem jus ao seu lema Servir o Benfica, contribuindo para esta eleição histórica”, afirmou.
Olhando para o futuro, o novo presidente do Benfica admitiu que sente uma “responsabilidade acrescida” ao ser eleito com o maior número de votantes da história, mas fez também uma menção ao passado recente.
“Sucedo a Luís Filipe Vieira, cuja obra de recuperação e consolidação do Benfica ao longo de 18 anos merece o melhor dos reconhecimentos. Mas, amanhã, inicia-se um novo ciclo, com redobrada ambição no futuro. Para isso, temos de nos unir para sermos ainda mais fortes, respeitando a diversidade, mas unidos na ação, porque a causa que nos une é o glorioso Sport Lisboa e Benfica”, frisou Rui Costa
A terminar, o novo presidente relembrou que começou como apanha bolas e adepto de bancada, disse que o Benfica foi sempre a sua família e deixou uma promessa. “É a esta família que expresso o meu compromisso de tudo fazer para honrar esta confiança. O nosso objetivo é ganhar, ganhar sempre onde estivermos presentes. É essa a prioridade absoluta e tudo o resto terá de ser feito para que isso se concretize. Vamos a isto e à Benfica”, concluiu.
Respondendo depois a algumas perguntas, Rui Costa admitiu que este é o maior desafio da sua vida. “É o jogo mais difícil da minha vida. Assumo a maior responsabilidade da minha vida. Sei a responsabilidade que tenho em cima dos meus ombros. É um dia que me orgulha muito. Foi no dia 10 do 10, pelo que estava destinado. Não serei presidente só de uma parte, mas de todos os benfiquistas. Gostei do apoio de toda a gente e não desprezo quem não votou em mim. Gostei de chegar aos 40085 votantes. É extraordinário. Importante para mim, para Benitez e para este clube. A grande vitória foi o Benfica ter ganho por goleada por ter 40085 votantes. O Benfica está vivo e muito bem vivo“, disse.
Benitez assume derrota e diz que será um adepto “vigilante”
O empresário Francisco Benitez, candidato derrotado às eleições do Benfica, congratulou Rui Costa pela eleição como presidente e assumiu que continuará a ser um adepto vigilante.
“Saberemos tirar as devidas ilações dos resultados deste ato eleitoral, e continuaremos o que sempre fomos, um grupo de sócios informado, vigilante e participativo na vida ativa do Sport Lisboa e Benfica”, disse Benitez, poucos minutos depois de terem sido conhecidos os resultados oficiais.
Após serem conhecidos, pela voz do presidente da Assembleia Geral, António Pires de Andrade, os números oficiais, Benitez lembrou que Rui Costa pediu união à oposição no caso de ser eleito, mas quis lembrar ao ex-jogador que “a união não se pede, mas conquista-se”.
O candidato da Lista B disse também que assumia a derrota, embora considere que existiram pequenas conquistas.
“O Servir o Benfica sempre defendeu o voto físico e que as eleições se realizassem a um dia não útil. Não podemos subestimar o contributo destes fatores para a mobilização a que assistimos, aliados à confiança de um processo dado por um regulamento eleitoral”, sublinhou.
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