A França conquistou hoje a segunda edição da Liga das Nações em futebol, sucedendo a Portugal, vencedor em 2019, ao bater a Espanha por 2-1, na final disputada no Estádio San Siro, em Milão.
Que grande jogo de futebol… na segunda parte. Espanha e França disputaram em San Siro a final da Liga das Nações e os gauleses levaram para casa o troféu, acumulando com o de campeões do Mundo, de que são detentores.
Após uma primeira metade calculista e aborrecida, a segunda trouxe futebol de parada e resposta, emoção e golos, um deles um verdadeiro hino. Esta foi a primeira vitória de França sobre Espanha nos últimos 15 anos.
A primeira parte deixou um pouco a desejar, perante o perfil das duas formações. As finais são, geralmente, marcadas por “cautelas e caldos de galinha”, mas esta abusou.
Espanha com mais posse, nas suas habituais trocas de bola, mas sem grande objectividade. Pressão francesa a resultar, mas sem que os campeões do Mundo conseguissem chegar com perigo junto da baliza de Unai Simón.
Assim, apenas três remates, dois para Espanha, só um enquadrado, da “La Roja”. Os franceses, ainda assim, conseguiram entrar na área contrária com mais facilidade.
A segunda metade animou bastante. Aos poucos começou a notar-se algum desgaste por parte da formação espanhola, a não conseguir travar as transições gaulesas com tanta facilidade.
Aos 63 minutos, Karim Benzema atirou com estrondo ao ferro, mas no minuto seguinte, Espanha marcou. Mikel Oyarzabal fugiu pela esquerda e rematou cruzado para o primeiro da noite.
Só que a resposta não tardou e Benzema, aos 66 minutos, arrancou um pontapé em arco de fora da área, e empatou num golo de levantar San Siro.
A equipa de Luis Enrique sentiu o “golo relâmpago” da França e deixou acontecer “remontada”. Aos 80 minutos, Mbappé isolou-se e, perante Simón, atirou para o 2-1.
Parecia que o jogo estava decidido, mas Espanha não desistiu, só que Hugo Lloris esteve à altura e segurou a vantagem, num final de partida de loucos.
A França sucede assim a Portugal, que em junho de 2019 conquistou a primeira edição da Liga das Nações após uma vitória por 1-0 sobre a Holanda.
Destaques
Karim Benzema 8.1 – O ponta-de-lança do Real Madrid está numa forma incrível. Nesta final esteve à altura dos acontecimentos, marcou e fez jogar toda a equipa francesa no último terço. Benzema fez o 1-1, num golo fenomenal, mas também serviu os companheiros, com quatro passes para finalização, cinco ofensivos valiosos e cinco acções com bola na área contrária.
Kylian Mbappé 7.1 – O jovem do PSG está a subir de forma e fez uma excelente “final four”. Mais uma vez voltou a marcar, fazendo o 2-1 perante Simón, e a sua velocidade foi sempre um problema para a defesa espanhola. Mbappé foi o mais rematador do jogo, com seis disparos, três enquadrados, e fez ele próprio a assistência para o tento de Benzema. Além de seis acções com bola na área, recebeu ainda 13 passes aproximativos.
Marcos Alonso 6.9 – Muitos consideravam o lateral-esquerdo como o ponto fraco da defesa espanhola, mas o jogador do Chelsea calou os críticos com uma bela exibição, marcada por três passes para finalização, dez ofensivos valiosos (de longe o máximo do jogo) e o número mais alto de acções com bola (114). Ganhou ainda três de quatro duelos aéreos ofensivos.
Hugo Lloris 5.7 – A sua nota pode não ser das melhores, em especial porque pecou no passe (sete de risco falhados, o máximo do jogo, e apenas cinco longos certos em 19), mas na recta final arrancou um punhado de defesas (3) de grande calibre, que seguraram a vantagem gaulesa.
Pablo Sarabia 5.4 – Jogo discreto do extremo sportinguista, tendo perdido 19 de 36 posses e somado o máximo de passes falhados (14 em 39).
Resumo
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