O Ministério Público (MP) está a investigar o FC Porto no âmbito de suspeitas relacionadas com a transferência de vários jogadores de um modesto clube da terceira divisão brasileira, o Tombense. As suspeitas surgiram devido aos elevados valores envolvidos nos negócios.
Em causa estão suspeitas de branqueamento de capitais e do pagamento de “comissões irregulares na compra de jogadores, usando clubes terceiros como intermediários”, conforme avança o Correio da Manhã (CM).
Há vários negócios sob suspeita, de acordo com o jornal, com destaque para a transferência do avançado Evanilson para o FC Porto por quase 9 milhões de euros.
Evanilson chegou ao Porto quando alinhava no Fluminense, mas o seu passe era detido, na altura, pelo Tombense, clube de Minas Gerais.
O elevado valor recebido pelo clube que alinha na Série C, a terceira divisão brasileira, surge como suspeito aos olhos dos investigadores.
Mas haverá outros negócios na mira do MP, nomeadamente as transferências do central Wesley e do avançado Caíque para a equipa B do FC Porto e que também envolveram o Tombense.
Pinto da Costa: “Transferências foram feitas legalmente”
O presidente do FC Porto já veio garantir que foi tudo feito dentro da legalidade.
Referindo-se ao processo de Evanilson, Pinto da Costa fala num “contrato claríssimo”, conforme declarações divulgadas pelo Record.
“Os outros jogadores vieram a custo zero, por empréstimo, sem qualquer comissão. Vão apenas custar estadia aqui e ordenado. Não envolveu comissão de empréstimo seja para quem for”, assegura ainda o dirigente portista.
Pinto da Costa garante também que vai “enviar contratos ao MP para não perderem tempo e confirmarem a veracidade do documento e que todas as transferências foram feitas legalmente”.
Nos últimos tempos, o pagamento de alegadas comissões ilegais em transferências envolvendo o FC Porto tem sido notícia, nomeadamente em esquemas que implicam o dono do Portimonense, Teo Fonseca, o antigo agente de Hulk, ex-futebolista portista.
Os documentos da investigação “Football Leaks” também trouxeram a público revelações sobre alegadas comissões irregulares pagas ao filho do presidente do FC Porto, Alexandre Pinto da Costa.
E até o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, terá manifestado a sua revolta com as “elevadas comissões recebidas” por um empresário em vários negócios envolvendo jogadores do clube.
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