O Palmeiras volta a não conseguir vencer para o Brasileirão e caiu do pódio. Com quatro jogos nos últimos dez dias, Abel Ferreira criticou o calendário “desumano”.
Na passada madrugada, o Palmeiras visitou o terreno do Bahia e empatou a zero. Não só o resultado foi desapontante, mas também a exibição. A equipa treinada por Abel Ferreira nunca conseguiu criar oportunidades claras de golo e sentiu sérias dificuldades na defesa. Esperava-se mais do ‘Verdão’ frente a uma equipa que luta pela manutenção.
Com este empate, o Palmeiras soma agora sete jogos consecutivos sem vencer, cinco dos quais para o Brasileirão. A turma de Abel perdeu com Corinthians, América Mineiro e Red Bull Bragantino, e empatou com Atlético Mineiro, Juventude e Bahia.
O empate também significa que o Palmeiras cai do pódio do campeonato, ocupando agora o quarto lugar com 40 pontos — a 13 do Atlético Mineiro, que tem menos um jogo.
Após quatro jogos disputados nos últimos dez dias, Abel Ferreira criticou o calendário “desumano” e saiu em defesa dos jogadores.
“É desumano o que fazem com os jogadores. Tenho que os defender. Ficamos sem mais dois jogadores. Já temos poucos, ficamos sem mais dois. Volto a dizer. É desumano”, disse o técnico português na conferência de imprensa após o encontro com o Bahia.
“É uma loucura a quantidade de jogos. Vamos ver como acabamos, como chegamos ao final do campeonato”, acrescentou.
Abel disse ainda que “não sofrer golos é um ponto positivo”, dando um voto de confiança aos seus jogadores. “Os rapazes, não tendo um grande entrosamento, bateram-se bem e sacrificaram-se”, saudou o ex-futebolista.
Apesar do recente insucesso doméstico — e da contestação dos adeptos —, o Palmeiras tem estado em grande na Libertadores. A equipa repete este ano a presença na final, que disputará com o Flamengo, dia 27 de novembro. A qualificação para a final foi selada numa eliminatória a duas mãos, frente ao Mineiro.
No final do encontro, Abel Ferreira gritou em direção a uma das câmaras e explicou este episódio na conferência de imprensa.
“Apontei para a câmara, mas não foi para nenhum jogador do Atlético Mineiro ou o seu treinador. Tenho um vizinho que mora no meu prédio que é um chato. Foi diretamente para o meu vizinho, para ele estar calado, porque quem manda na minha casa sou eu. Quem trabalha dentro do CT sou eu e os meus jogadores. Defendo os meus jogadores porque são meus, nas vitórias e derrotas. Ao meu vizinho, shiu!”, atirou o treinador português, fazendo o gesto de mandar calar.
[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ][/sc]
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