“Abel, o que fizeste é uma coisa muito perigosa”

Aviso de uma jornalista, após palavras do treinador português sobre jornalistas no Brasil. Palmeiras está na pior série dos últimos anos.

Dia 18 de Setembro: o Palmeiras foi ao terreno da Chapecoense ganhar por 2-0, na 21.ª jornada do campeonato brasileiro. Desde aí, jogou sete vezes e venceu zero.

Empates com Atlético Mineiro (duas vezes e ambas na Libertadores), Juventude e Bahia, e derrotas diante de Corinthians, América Mineiro e Red Bull Bragantino. Quatro empates e três derrotas, nestas últimas quatro semanas.

O Palmeiras ocupava a segunda posição no campeonato e estava a sete pontos da liderança, no tal dia em que venceu a Chapecoense. Agora está no quinto lugar, a 16 pontos da liderança, onde continua o Atlético Mineiro. “Salvou-se” a qualificação para a final da Taça Libertadores, com dois empates.

Além disso, esta série de sete jogos seguidos sem ganhar é a pior desde 2015. Na altura houve mudanças significativas no Palmeiras, quando a empresa Crefisa passou a patrocinar o clube.

Nestes seis anos os paulistas tinham passado seis jogos sem triunfos, precisamente em 2015. Esta é a pior sequência de sempre, desde o início da parceria com a Crefisa.

Disputa com jornalistas

Entretanto, Abel Ferreira criou uma pequena “guerra” com os jornalistas brasileiros. O treinador do Palmeiras afirmou: “Temos que fazer jornalismo sério, verdadeiro. Mesmo que seja para criticar, tem que se dizer a verdade”.

E dirigiu-se directamente a Renato Gaúcho, treinador do Flamengo, que já tinha “atacado” os jornalistas ligados ao desporto no Brasil: “Quando falares nos nomes deles, eu acrescento quatro nomes a essa lista”.

Abel indicou que vai elaborar uma lista de quatro jornalistas que “não dizem a verdade” e aparentemente vai oferecer a lista a Renato Gaúcho.

Ana Thaís Matos, da Globo, não gostou destas palavras: “Isto é péssimo. Vivemos um momento em que, no Brasil, o trabalho do jornalista é muito questionado. Ainda agora um cidadão agrediu um dos nossos”.

“Com o maior respeito, gosto do seu trabalho e admiro o seu jogo mas, quando inflamas o adepto, para mim é a forma mais rasa, a pior forma de trabalho. É uma coisa muito perigosa, esta abordagem é péssima”, criticou a jornalista, que explicou porque estas palavras podem ser perigosas.

“Ao publicar a lista, ele está a dizer ‘Vocês, adeptos, podem ir lá ter com eles, seja em linchamento social ou mesmo em algo físico’. Espero que ele reflicta, esta atitude foi péssima. Mesmo muitos adeptos estarão a questionar esta postura. E ele nem respondeu à pergunta, que era sobre o que ele vê de bom na sua equipa. Talvez ele não veja nada de bom na sua equipa”, atirou Ana.

[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]


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