Ceni anunciado mas adeptos avisam: “Só será treinador se falar connosco antes”

Rogério Ceni em treino do São Paulo

Mudança de treinador no São Paulo: saiu Crespo e regressou a “lenda” do clube, Ceni. Mas há palavras que não se esquecem…

Mais uma mudança de equipa técnica no Brasileirão. Desta vez no São Paulo, que nesta quarta-feira informou que chegou a acordo mútuo com Hernán Crespo, que deixou o cargo.

O argentino liderou os paulistas durante oito meses e conseguiu 24 vitórias, 19 empates e 10 derrotas. Deixa a equipa no 13.º lugar do campeonato, apenas três pontos acima da zona de descida de divisão. No entanto, em Maio, Crespo conseguiu a conquista do campeonato paulista, algo que o São Paulo não conseguia há 16 anos.

O clube fechou o comunicado de despedida a indicar que iria “abrir um processo de busca no mercado pelo novo treinador” – que foi anunciado duas horas e meia depois: Rogério Ceni está de volta.

Contrato assinado até Dezembro de 2022 e é a segunda vez que o antigo guarda-redes, “lenda” do clube, vai ser treinador do São Paulo. Em 2017 já tinha passado pelo cargo, com um registo de 14 vitórias, 11 empates e 10 derrotas.

“Como bom são-paulino que é, Ceni não precisou de mais de 15 minutos para aceitar o regresso a casa”, disse o Presidente Julio Casares.

O próprio Rogério Ceni recordou que já acumula 26 anos ao serviço do São Paulo:


Em zona complicada no Brasileirão, e fora da Taça Libertadores e da Taça do Brasil, Ceni vai ter problemas no relvado e fora dele: a claque mais numerosa do São Paulo, a Independente, já avisou que não está de acordo com esta contratação.

Aliás, a claque começa por indicar, em comunicado, que não queria a saída do treinador anterior: “Crespo caiu. A pior decisão possível. O mesmo grupo que entregou um Brasileiro (na época passada) agora derruba um técnico estrangeiro, cheio de boas intenções e preparadores com o que existe de melhor, em graduação mundial. Era a única vanguarda que existia na equipa”.

Depois, os avisos a Rogério Ceni, recordando as palavras do técnico quando liderava o Flamengo, que colocou os adeptos cariocas acima dos paulistas: “Primeira coisa: queremos declaração pública de “desculpa”, quando diminuiu os nossos adeptos diante dos cariocas”.

“Agora volta o “ídolo”? Ídolo foi o jogador. O técnico ainda é zero história e deve pedido de perdão. E só assume o cargo se conversar com os adeptos antes”, continua a claque.

Noutro comunicado, a Independente avisa que, até ao final do Brasileirão, vai continuar a apoiar a equipa mas… “Nenhum nome será cantado no estádio, de treinador ou jogador, da nossa arquibancada. O grito de apoio será para a instituição”.

[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]


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