Director da Roma recusa desentendimentos com José Mourinho e foge a pergunta sobre arbitragem.
A Roma perdeu pela terceira vez nesta edição da Serie A, no domingo passado, ao ser derrotada no jogo mais aguardado da oitava jornada: Juventus 1-0 Roma. Um duelo atribulado para os romanos.
As coisas começaram mal porque, logo na primeira situação de golo, a Juventus marcou, por Moise Kean (alguma sorte no desvio decisivo). Depois, protestos: Abraham igualou o jogo mas o golo não contou porque foi assinalada grande penalidade a favor da Roma – e Veretout falhou. Mais tarde, Chiellini terá cometido falta sobre Pellegrini, dentro da área da Juventus, mas não foi assinalada grande penalidade.
José Mourinho fugiu (parcialmente) às decisões da equipa de arbitragem em Turim: “Ao dar três minutos de compensação na segunda parte, o árbitro mostrou as suas intenções. Em relação ao lance da grande penalidade, não quero comentar porque não tenho em minha posse todos os dados. Prefiro focar-me no que a minha equipa fez de bom”, disse o treinador português, logo depois da derrota.
Quatro dias depois, foi Tiago Pinto a ser questionado sobre a quantidade de vezes que se fala na arbitragem no futebol italiano: “Reforço o que Mourinho disse: estamos focados em melhorar como equipa. Todos viram o que aconteceu mas não quero falar sobre árbitros”.
O director-geral da Roma, em declarações à Sky Sport, percebe o pensamento dos adeptos, que querem a equipa romana de volta à Liga dos Campeões, mas avisou: “As vitórias constroem-se jogo após jogo, não podemos pensar em Maio agora. Todos querem estar na Liga dos Campeões mas não estamos lá e não devemos pensar nisso”.
Sobre o facto de José Mourinho ter dito que o plantel da Roma é mais limitado, comparado com outros “grandes” italianos, Tiago Pinto reagiu: “Desde o primeiro dia que procuram encontrar confrontos entre mim e o Mourinho. Não é para levar a sério. Temos muitos jovens que queremos desenvolver, e isso leva tempo. Se nos compararmos com os outros, veremos que temos um projecto diferente”.
Depois, a comparação com o Benfica, onde Tiago Pinto era director. E elogios à mentalidade do clube da Luz: “Venho de uma realidade onde se acredita muito nos jovens futebolistas. Aqui em Itália ainda não existem condições para colocar os jovens a jogar na Série A”.
“Não é fácil dar o salto mas podíamos apostar mais nos jovens. Se olharmos para as selecções jovens da Itália, vemos que são equipas fortes; mas precisamos de uma estratégia nacional para os jovens do futebol italiano”, lamentou o dirigente português.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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