Agressividade, coragem e pressão alta: a análise do painel da UEFA à derrota do Benfica contra o campeão alemão.
O jogo acabou com uma derrota clara, por 0-4, mas durante a maioria do duelo o Benfica conseguiu “testar” o Bayern Munique, na terceira jornada da Liga dos Campeões.
A análise dos observadores técnicos da UEFA, publicada nesta segunda-feira, destaca três aspectos na equipa de Jorge Jesus: agressividade, coragem e pressão alta. Foi assim que o Benfica causou problemas ao adversário até aos 70 minutos, ou seja, até ao momento em que Leroy Sané marcou o primeiro golo.
O Bayern teve de “trabalhar muito” para ganhar, lê-se na análise, que elogia uma formação portuguesa que foi “resiliente“.
É certo que o campeão alemão goleou e que o melhor em campo foi Kingsley Coman, mas o Benfica fez uma “exibição corajosa na tentativa de conter o domínio do Bayern da melhor forma que pôde”.
“Esta bravura ficou evidente desde o primeiro minuto, quando um dos três defesas-centrais do Benfica entrou no meio-campo do Bayern, pressionando o miolo adversário na tentativa de perturbar a construção dos visitantes“, continuam os especialistas, que sublinham o esforço de Julian Weigl e João Mário, sobretudo a qualidade técnica e o controlo de bola do internacional português.
Os avançados do Benfica, igualmente essenciais na pressão alta inicial, também tiveram oportunidades para marcar. E estavam “sempre prontos” para trocar de posição e ser importantes na tal pressão alta inicial.
O sistema que Jorge Jesus escolheu novamente, 3-4-3, fez com que o Benfica conseguisse “ultrapassar o Bayern em algumas ocasiões e criar as melhores oportunidades através do jogo posicional”.
O esquema mudava para 5-4-1 no momento de defender e, aí, o Benfica “foi difícil de ultrapassar, mantendo-se muito compacto e defendendo o seu último terço com muitos elementos e uma intensidade e entreajuda impressionantes”. E a grande exibição de Vlachodimos não é esquecida.
O Bayern, com a habitual abordagem consistente ao longo dos 90 minutos, viu que as suas iniciativas não funcionaram durante a maioria do tempo mas a sua confiança e a sua crença não diminuíram.
O problema para o Benfica é que, depois do primeiro golo, a equipa de Munique conseguiu marcar mais três em cerca de 15 minutos.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
Deixe um comentário