Treinador dos Países Baixos começou a sua carreira, enquanto treinador principal, em 1999. Deixa o Barcelona com o pior registo em quase 20 anos. Clube já anunciou sucessor interino.
A saída possível passou a ser saída confirmada: Ronald Koeman foi afastado do comando técnico do Barcelona na noite passada, depois de nova derrota (1-0 frente ao Rayo Vallecano). Um regresso – tinha sido figura na Catalunha enquanto jogador – que se iniciou em 2020 e que terminou no ano seguinte.
Esta foi a quarta vez que o antigo internacional holandês foi despedido enquanto treinador principal, numa carreira que começou no final do século passado, em Novembro de 1999, quando foi anunciado como treinador do Vitesse. Pouco antes tinha integrado a equipa técnica da selecção nacional da Holanda e, curiosamente, do Barcelona, sempre liderado por compatriotas: primeiro Guus Hiddink e depois Louis van Gaal.
Foi contratado pelo Ajax para ser o sucessor de Co Adriaanse (que na altura ainda não conhecia Portugal), em 2001. Dois anos depois esteve muito perto de se mudar para… o Barcelona. Os clubes não chegaram a acordo mas em 2005 Koeman viria a sair do Ajax, por iniciativa do próprio técnico.
O destino seguinte, no mesmo ano, foi Lisboa. Treinador do campeão Benfica, só esteve na Luz durante uma época e depois optou por sair para o PSV Eindhoven. Já tinha sido campeão pelo Ajax, foi campeão pelo PSV.
Depois começaram os problemas mais mediáticos: em Valência, para onde foi em 2007 (sucessor de Quique Flores). Chegou e quis mudar quase tudo. Deixou de lado figuras da casa como Cañizares, Angulo e Albelda; criou mau ambiente dentro do próprio clube; originou protestos dos adeptos. Venceu a Taça do Rei mas foi despedido ainda antes do final dessa época.
Na experiência seguinte, foi despedido novamente – e rapidamente. Regressou à Holanda para orientar o AZ Alkmaar, na altura campeão nacional: foi contratado a meio de 2009, foi afastado no final de 2009.
Mais tarde orientou o Feyenoord, saiu por vontade própria e rumou ao Southampton. A sua estreia na Premier League correu bem e foi contratado pelo Everton, em 2016. Mas em Liverpool foi despedido no ano seguinte, ainda na fase inicial da sua segunda época.
2018 foi o ano da sua estreia enquanto seleccionador nacional. Voltou ao seu país natal, conduziu a Holanda até à final da Liga das Nações no Dragão (Portugal venceu) e iria ficar por lá até ao Mundial 2022 mas, em Agosto do ano passado, o Barcelona alterou os planos da federação local.
Outubro de 2021, quarto despedimento na carreira do treinador, que deixa o Barcelona com o pior registo no campeonato desde 2002: quatro vitórias em 10 jornadas. Por coincidência, Louis van Gaal era o treinador nessa altura.
Entretanto o Barcelona já anunciou que o treinador, para já, é Sergi Barjuan, que orientava a equipa B catalã. Mas Xavi deve estar a deixar o Qatar para regressar ao seu clube de sempre, agora como técnico.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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