Campeão português conseguiu travar o campeão europeu, na Liga dos Campeões. E poderia ter vencido – mas também esteve muito perto de perder.
Grande noite no Dragão Arena, que encheu para receber o campeão europeu de andebol. FC Porto e Barcelona, dois “grandes” do desporto em várias modalidades, desta vez encontraram-se no andebol. E, quer pelo número de golos (66), quer pela qualidade dos seus intervenientes, quer pela emoção, o duelo da Liga dos Campeões não desiludiu. Terminou com um empate: 33-33.
O campeão português mostrou desde cedo que não tinha medo dos vizinhos e conseguiram rapidamente estar a vencer por 3-0. Não sofreu qualquer golo durante os primeiros seis minutos. Depois os visitantes foram recuperando e chegaram à vantagem (7-8) sensivelmente a meio da primeira parte. Mas nos últimos seis minutos os portistas voltaram a ser melhores e chegaram ao intervalo a ganhar por 17-14.
O início da segunda parte foi ainda melhor do que o início da primeira: parcial de 5-1 e, aos 36 minutos, o FC Porto vencia por 22-15. Parecia embalado para uma vitória histórica mas a reacção muito forte do Barcelona (parcial também de 5-1, em quatro minutos) e alguns erros do FC Porto acabaram com essa margem confortável. Quando só faltavam dois minutos para o fim, empate a 32 bolas. Fábio Magalhães marcou (e o FC Porto jogava com menos um, devido à exclusão de Ivan Slišković), Timothey N’Guessan respondeu com novo golo.
33-33, apenas 10 segundos para o fim
E aí o coração acelerou mesmo. Fábio Magalhães tentou marcar novamente mas Gonzalo Pérez de Vargas defendeu; o guarda-redes espanhol pegou rapidamente na bola, colocou lá na frente pelo ar e Timothey N’Guessan marcou. Mas não contou, o cronómetro já tinha sido parado na mesa.
Porquê? Porque, quando Pérez de Vargas ainda tinha a bola na mão dentro da área dos seis metros, o treinador do Barcelona pediu um desconto de tempo. Claro que o técnico Antonio Carlos Ortega se arrependeu logo a seguir mas, de facto, quando N’Guessan recebeu a bola no contra-ataque, o jogo já estava parado – aliás, é difícil garantir que o Barcelona iria mesmo marcar porque o guarda-redes do FC Porto, Sebastian Frandsen (grande exibição), sabia que a partida tinha sido interrompida e nem tentou defender o remate de N’Guessan.
A confusão foi esclarecida, a bola regressou à área dos seis metros do Barcelona e só faltavam cinco segundos. O Barcelona ainda conseguiu rematar mas Djibril M’Bengue bloqueou essa tentativa de Dika Mem.
Foi um jogo para “roer as unhas”, escreveu a Federação Europeia de Andebol.
Este empate colocou o FC Porto com cinco pontos (os mesmos do PSG) no quinto lugar do Grupo B da Liga dos Campeões. O Barcelona ocupa o segundo posto, tem nove pontos.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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