O Sporting juntou-se ao Porto na liderança da Liga Bwin, ultrapassando o Benfica – que empatou com o Estoril Praia pouco antes -, graças a um triunfo que foi tudo menos fácil ante o Vitória SC, em Alvalade.
Após uma primeira metade em que os “leões” beneficiaram de muitos espaços nas costas da defesa minhota e podiam ter marcado mais do que um golo – além do de Coates -, os vimaranenses estiveram muito bem na etapa complementar e criaram muito perigo. Contudo, já se sabe, os comandados de Rúben Amorim sentem-se confortáveis a defender e somaram novo triunfo pela margem mínima.
Jogo muito animado em Alvalade. Primeira parte com duas equipas apostadas em atacar e já se sabe como o Sporting gosta de adversários assim.
Os “leões” encontraram muitos espaços para explorar nas costas da defesa minhota, em especial pelo lado esquerdo do ataque, zona onde a formação lisboeta construiu os principais lances de perigo.
O Sporting até marcou três vezes na primeira parte, duas anuladas por fora-de-jogo, mas o golo de Sebastián Coates, na sequência de um canto, contou mesmo e os “verdes-e-brancos” foram para o intervalo a ganhar justamente.
Como vem sendo hábito, Coates era o MVP, com um rating de 7.2, sendo o mais rematador (3) e o único com mais de dois enquadrados.
Um dos pontos de superioridade leonina era nos duelos aéreos defensivos, sendo que os “leões” tinham ganho todos os que haviam disputado por volta da hora de jogo.
Pelo ar, os vimaranenses não iam lá, pelo que tentavam sempre construir desde trás, de forma apoiada. Mas só aos 69 minutos conseguiram “gelar” Alvalade, com Hélder Sá e Marcus Edwards muito perto de marcar.
E aos 77 foi Adán a fazer uma grande defesa, a negar o tento a Estupiñán. O Vitória foi a melhor equipa nos derradeiros momentos do jogo e terminou a partida com números muito equilibrados em relação aos homens da casa. A eficácia fez a diferença.
Melhor em Campo
Mais um golo de Coates, e decisivo, mais um prémio de MVP. O uruguaio há muito que não é apenas um pilar defensivo, é também, em especial esta época, verdadeiramente decisivo no ataque.
Na primeira parte fez, de cabeça, o tento que deu os três pontos ao Sporting, e terminou como jogador mais rematador (3) e com mais enquadrados (2), e o terceiro em acções com bola na área contrária (5).
Duelos aéreos defensivos foram quatro e ganhou-os todos, e ainda somou três desarmes e outros tantos bloqueios de remate. Tudo isto valeu-lhe um GoalPoint Rating de 8.0.
Destaques do Sporting
João Palhinha 6.9 – Um autêntico guerreiro, em especial na segunda parte, altura em que foi fundamental a atacar o portador de bola e a cortar a construção vimaranense, bem dentro do meio-campo leonino. Palhinha terminou com 14 acções defensivas, com destaque para incríveis oito desarmes, mais quatro intercepções e cinco acções defensivas no meio-campo contrário.
Pablo Sarabia 6.2 – O espanhol está a cimentar cada vez mais a sua influência no futebol sportinguista. Um criador de lances de perigo como poucos, fez quatro passes para finalização, cinco cruzamentos de bola corrida, com eficácia num, e recebeu nove passes aproximativos, máximo do jogo. Marcou um golo, anulado por fora-de-jogo (caiu três vezes em “offside”, máximo da partida).
Gonçalo Inácio 6.1 – Bom no passe (92% de eficácia), o central realizou uma exibição pragmática, com destaque para três intercepções e quatro alívios. Complicar não é para ele.
Pedro Porro 6.1 – Energético como sempre, tentou ser efectivo tanto a defender, como a atacar. Às nove acções defensivas (das quais destacamos quatro intercepções), juntou seis acções com bola na área contrária (segundo valor mais alto), três dribles completos em quatro e cinco cruzamentos de bola corrida.
Matheus Reis 5.7 – O brasileiro está a ganhar confiança, o que lhe permite defender melhor e soltar-se no ataque. Nesta partida somou seis passes ofensivos valiosos, o máximo, e fez quatro passes super aproximativos, também o valor mais alto.
Paulinho 5.5 – Duas boas notícias: não desperdiçou nenhuma ocasião flagrante (é verdade que também não desfrutou de lances de grande perigo) e, com o seu desvio de cabeça, fez a assistência para o único golo do jogo. Paulinho somou ainda seis acções com bola na área contrária e ganhou três de quatro duelos aéreos ofensivos.
António Adán 5.5 – Primeiro mostrou-se na primeira parte, num lance, depois teve de aplicar-se no segundo tempo. Adán fez duas defesas importantes, que impediram o empate vimaranense.
Nuno Santos 5.4 – O extremo entrou a meio da segunda parte, aplicou-se a fundo no jogo, mas precipitou-se em diversos momentos, acabando por ter pouco peso ofensivo, numa altura em que colectivamente o Sporting já dera o domínio ao seu adversário.
Matheus Nunes 5.3 – Teve nos pés o 2-0 logo no arranque do segundo tempo, mas desperdiçou de forma surpreendente, um lance de 0,5 Expected Goals (xG) que acabou por lhe afectar a nota. Destaque para os 90% de eficácia de passe.
Pedro Gonçalves 5.2 – Ainda não é o mesmo Pedro Gonçalves que na época passada (e no arranque desta) arrasava as defesas contrárias. Ainda assim marcou, um golo anulado por fora-de-jogo, somando sete acções com bola na área contrária (máximo).
Feddal 4.9 – O marroquino ainda não atingiu a qualidade da época passada e nesta partida destacou-se apenas nas acções com bola (77) e no passe (88% certos).
Destaques do Vitória
Bruno Varela 6.3 – Belíssimo jogo do guardião vimaranense, em especial no primeiro tempo, altura em que teve mais trabalho. Varela fez três defesas, duas a remates na sua grande área, uma a disparo a menos de oito metros.
Abdul Mumin 6.0 – O central nunca vacilou perante as “cavalgadas” leoninas quando o Sporting conseguia explorar a profundidade. Ao todo somou oito acções defensivas, com destaque para dois bloqueios de remate.
Ricardo Quaresma 5.5 – O extremo entrou para os derradeiros 25 minutos e mexeu com o jogo, constantemente a tentar cruzamentos (fez quatro). Errou apenas um passe e deixou em sentido a defesa da casa.
Resumo
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