As dificuldades na mudança repentina para Paris, os poucos jogos no PSG e o regresso a Barcelona. Lionel Messi em entrevista a um jornal catalão.
Lionel Messi começou a treinar no Paris Saint-Germain apenas em Agosto mas desde cedo sentiu que já estava no clube francês há muito tempo. Foi o próprio quem confessou esse bem-estar, em entrevista ao diário Sport.
Sente-se bem com os novos companheiros, ainda por cima porque alguns falam castelhano e isso facilitou a sua integração, mas tem havido um problema: as paragens para os jogos da selecção da Argentina.
Houve duas interrupções das competições internas, até agora, o que tem transformado o arranque de Messi no PSG num arranque «aos soluços», lamentou: “Parece que nunca arranca a sério porque há jogos da selecção todos os meses. Ainda te estás a ambientar e já tens que sair outra vez do clube. Isso dificulta mais as coisas mas, pouco a pouco, vou entrando na dinâmica do clube. Embora tenha jogado poucas vezes (oito), apesar de estar aqui há mais de dois meses“.
O pior nesta mudança inesperada foi o início. Sobretudo por causa da família: “Estar num hotel durante mês e meio, para as crianças… Elas não aguentavam mais. O trânsito no centro da cidade, os tempos de viagem… Em Barcelona estávamos mal habituados, tínhamos tudo perto de nós. Agora deixei de levar e de ir buscar as crianças à escola, por exemplo. Não há tempo”.
Voltando ao aspecto desportivo, o internacional argentino foi claro: chegou a Paris para conquistar títulos, incluindo a Liga dos Campeões. E, em relação ao campeonato francês, vê uma liga “mais física, com jogadores fortes e rápidos”.
No que toca à selecção da Argentina, e apesar da conquista da Copa América deste ano, Messi admite que os argentinos não são favoritos à vitória no Mundial 2022 porque “há selecções melhores”.
O avançado do PSG volta a ser um dos candidatos à conquista da Bola de Ouro mas o jogador nem pensa nisso: “Sou sincero, não penso na Bola de Ouro. O meu maior prémio já foi a conquista da Copa América, pela Argentina. Se ficar com a sétima Bola de Ouro, seria uma loucura. Se não ficar, não se passa nada“.
Barcelona: presidente e regresso
O presidente do Barcelona, Joan Laporta, admitiu publicamente que chegou a pensar que Messi iria continuar no seu clube de sempre sem receber qualquer salário. Mas o argentino assegura que nunca lhe pediram esse gesto: “O que me pediram foi para reduzir o meu salário para metade. E aceitei, sem qualquer problema. A minha família e eu queríamos ficar em Barcelona”.
“Ninguém me pediu para jogar de borla mas, ao mesmo tempo, acho que as palavras do presidente foram um bocado desadequadas. Magoaram-me, ele não precisava de dizer aquilo. Parece que ele estava a sacudir a água do capote e não quer assumir as consequências do que faz. As pessoas podem agora estar a duvidar de mim e acho que não mereço isso”, lamentou o argentino.
Lionel Messi repetiu a ideia de que quer voltar a Barcelona. Quer viver em Barcelona novamente, ele e a família. A jogar novamente no clube? “Sempre disse que adoraria poder ajudar o clube e adoraria ser secretário técnico, em algum momento. Não sei se isso vai acontecer no Barcelona”, respondeu.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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