“Não queremos aquele árbitro”: as consequências da cotovelada de Otamendi

Clássico entre Argentina e Brasil não teve golos mas teve um momento de muita controvérsia, envolvendo um defesa do Benfica e um ex-avançado do Sporting.

Argentina-Brasil. O grande jogo da América, e um dos jogos de futebol mais aguardados em todo o mundo, teve mais um capítulo nesta terça-feira. Desta vez sem golos: 0-0 em San Juan.

O empate colocou a Argentina na fase final do Mundial 2022, já que o Chile perdeu em casa com o Equador, pouco depois.

O Brasil lidera com 35 pontos e a Argentina é segunda classificada, com 29. Os dois rivais são os únicos conjuntos apurados – e também os únicos que ainda não perderam qualquer jogo, na zona sul-americana de qualificação para o Mundial.

O duelo entre os dois maiores países do futebol na América contou com entrega evidente dos jogadores, com 42 faltas, com muitas disputas de bola “quentinhas” e com algumas oportunidades de golo. Mas sem um grande espectáculo.

Apesar de momentos como este:


O Estádio San Juan del Bicentenario também foi o palco do momento mais controverso dos últimos tempos, nos duelos entre Argentina e Brasil.

Os protagonistas foram Otamendi e Raphinha:

O defesa do Benfica atingiu o antigo jogador de Sporting e Vitória de Guimarães. É visível a cotovelada mas, nem o árbitro principal, nem o vídeo-árbitro, decidiram expulsar Otamendi. Nem foi assinalada falta, no momento.

Tite, seleccionador do Brasil, estava irritado depois do jogo: “Vou tirar a máscara para falar. É simplesmente impossível… Vou repetir: é simplesmente impossível não ver a cotovelada do Otamendi no Raphinha. Isso ia determinar o resultado? Não sei”.

“Grande jogo entre os dois, mas há uma componente que tem que ser igual. Árbitro de alto nível de VAR não pode trabalhar desta forma, é inconcebível. E «inconcebível» não é a palavra que queria dizer. Estou a dizer isso esse porque sou educado”, continuou Tite.

O treinador defendeu o árbitro principal, o uruguaio Andrés Cunha, que é um árbitro “extraordinário, com altíssimas qualidade técnica e percepção, aspecto disciplinar muito alto. Mas a arbitragem é uma equipa. Quem está no VAR…”, atirou o seleccionador brasileiro.

A Confederação Brasileira de Futebol também deverá reagir e pedir o afastamento do árbitro Esteban Ostojich (que esteve no VAR) dos próximos jogos da selecção brasileira.

Esteban Ostojich foi o árbitro principal na final da Copa América deste ano, precisamente entre Argentina e Brasil. Na altura foi criticado por estar constantemente a assinalar faltas. E também tinha estado na meia-final da Copa América anterior, com as mesmas selecções, na qual não assinalou uma grande penalidade a favor da Argentina e que validou um golo polémico para o Brasil.

[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]


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