Buscas do mega-processo Fora de Jogo envolvem Deco e Jorge Mendes

As casas do empresário de futebol Jorge Mendes e do ex- jogador Deco estão a ser alvo de buscas no âmbito do mega-processo Fora de Jogo. Sporting de Braga e Vitória de Guimarães também receberam a visita das autoridades, tal como o empresário Bruno Macedo já implicado nos casos que envolvem Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa.

O Ministério Público (MP) confirmou a realização de dezenas de buscas a Sociedades Desportivas, a empresas e a escritórios de advogados nesta quarta-feira.

Estas buscas lideradas pelo juiz Carlos Alexandre visaram Sporting de Braga e Vitória de Guimarães, mas também as instalações, no Porto e em Lisboa, da empresa Gestifute de Jorge Mendes.

O empresário de Cristiano Ronaldo, entre outros craques, também terá recebido a visita das autoridades em sua casa, segundo a CNN Portugal.

O ex-internacional português Deco será outro dos visados pela investigação. A empresa d20, através da qual Deco faz, actualmente, agenciamento de jogadores, terá sido alvo de buscas, tal como a residência do antigo atleta.

Outro dos visados neste mega-processo é Bruno Macedo, empresário de futebol que surge implicado no processo que levou à detenção de Luís Filipe Vieira e na investigação a Pinto da Costa e ao seu filho.

O MP revela que estas diligências foram ordenadas na sequência da análise do material apreendido no decurso das buscas realizadas em Março de 2020, na operação então designada de Fora de Jogo.

“Os factos em investigação são susceptíveis de integrarem crimes de fraude fiscal, fraude à segurança social e branqueamento de capitais“, avança ainda o MP.

A entidade revela ainda que participam nas diligências um magistrado judicial, cinco magistrados do MP, quatro dezenas de efectivos da Autoridade Tributária (AT) e cerca de meia centena de militares da Unidade de Acção Fiscal da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Em Março de 2020, a operação Fora de Jogo levou à constituição de 47 arguidos, 24 pessoas colectivas e 23 pessoas singulares, após buscas em várias entidades ligadas ao universo do futebol.

Entre os arguidos contam-se “jogadores de futebol, agentes ou intermediários, advogados e dirigentes desportivos”, especificou, então, a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“No inquérito investigam-se negócios do futebol profissional, efectuados a partir do ano de 2015, e que terão envolvido atuações destinadas a evitar o pagamento das prestações tributárias devidas ao Estado português, através da ocultação ou alteração de valores“, destacou, na altura, a PGR.

Na altura, as SAD de Benfica, FC Porto, Sporting, Sporting de Braga e Vitória de Guimarães confirmaram a realização de buscas, atestando a disponibilidade para colaborarem com as autoridades.

A operação desta quarta-feira acontece dois dias depois da Inspeção Tributária e do MP terem realizado buscas no Estádio do Dragão. Neste caso, estão em causa suspeitas relativas a contratos de direitos televisivos e de venda de jogadores.

[sc name=”assina” by=”ZAP” url=”” source=”Lusa”]


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