Tragédia chegou à família de Óscar e Paloma. Mas o lugar que Pablo costumava ocupar no Wanda Metropolitano não ficou vazio.
Pablo e a sua mãe, Paloma Mohedas, iam ao Estádio Vicente Calderón e, nos últimos anos, ao Wanda Metropolitano sempre que o Atlético de Madrid jogava em casa. Sempre. Nunca faltaram a um jogo caseiro do “seu” Atlético.
Paloma contou que a tradição familiar já começou décadas antes porque a própria começou a ir ao Vicente Calderón com o seu pai e com o seu irmão há mais de 30 anos: “Ir ao estádio era um momento de reunião entre filho, mãe, avô e Atlético. Chegaram a dizer que eu iria dar à luz dentro do próprio Calderón”, revelou, citada pelo jornal Marca.
Até que uma tragédia acabou com esse prolongamento da tradição familiar.
No ano passado, Pablo, ainda muito jovem, morreu num acidente de viação. O seu lugar no Estádio Vicente Calderón ficaria vazio.
O jovem adepto do Atlético de Madrid “a 200%” nunca ia com o pai ver os jogos do seu clube porque o pai, Óscar Plaza, é adepto “a 200%” do Real Madrid.
No entanto, Paloma não queria que a cadeira que era sempre destinada ao seu filho fosse ocupada por uma pessoa desconhecida. Queria que o lugar de Pablo passasse para outro membro da família. Mas quem? Para o seu marido.
Óscar continua a ser “doente” pelo Real Madrid mas no Verão deste ano tornou-se sócio do Atlético de Madrid e passou a ir ver ao vivo os jogos do grande rival da cidade. Ocupando o lugar do filho.
E custou muito quando, juntos, marido e esposa entraram no Wanda Metropolitano para ver o primeiro jogo do Atlético de Madrid sem o seu filho.
“Ainda custa preencher o vazio que ele nos deixou. Um filho dá alegria à tua vida mas o trágico e inesperado falecimento do teu filho pode originar algo bom?”, questionam.
Na campa onde está o corpo de Pablo há flores, um cachecol e um desenho de uma camisola do Atlético de Madrid.
“Um dia vamo-nos encontrar de novo com o Pablo”, acrescentam os pais.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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