A dupla Darwin (três golos) e Rafa (um golo e três assistências) “dinamitou” o Famalicão e construiu o folgado triunfo das “águias” por 4-1.
Apesar dos números, o Benfica passou por vários momentos de aflição, num voo que teve vários momentos de turbulência, mas continua sem perder fora da Luz na prova há 17 encontros. Já o “Fama”, que viu Bruno Rodrigues marcar o único tento da equipa nas últimas três jornadas, continua a ter dez pontos.
Apertem os cintos. O voo na primeira parte foi repleto de fortes emoções. As “águias”d começaram com tudo, marcaram no primeiro remate que fizeram, ao minuto seis, dilataram a vantagem, novamente voando nas asas do duo Rafa (assistência) e Darwin (a marcar).
Mas a partir dos 14 minutos, foi uma espécie de canto do cisme dos “encarnados”, que dormiram à sombra da vantagem amealhada e permitiram a reacção dos anfitriões.
Após três ataques venenosos, os da casa alcançaram o merecido golo, aos 25 minutos, por intermédio de Bruno Rodrigues, que superou a parca marcação de André Almeida e Diogo Gonçalves.
O Famalicão começava a expor as imensas fragilidades colectivas benfiquistas, o conjunto de JJ não defende como um bloco, concede demasiado espaço entre os sectores, é pouco pressionante na reacção quase sempre que perde a bola, os dois médios ficam muitas vezes em inferioridade numérica e os três defesas sentem imensas dificuldades em travar as bolas nas “costas” e em profundidade.
Ao intervalo, Darwin – dois remates, dois golos e quatro acções com a bola na área contrária – era o MVP um rating de 7.6.
No espaço de dez minutos – dos 46’ aos 56’ –, o Benfica praticamente sentenciou o duelo.
Ao intervalo, Jorge Jesus mexeu na equipa e reforçou duas das zonas que o Famalicão estava a explorar, o corredor direito – entrou Gilberto, Diogo Gonçalves estava condicionado depois de ter visto um amarelo logo aos três minutos – e o corredor central do meio-campo, com a inclusão de Taarabt na vaga de Seferovic, que se juntou a João Mário e Weigl, equilibrando as contas neste sector.
Rafa e Darwin Núñez ganharam um novo fôlego e fizeram a diferença, dilatando a vantagem.
Além da vitória, Jorge Jesus poderá ter visto que, se não conseguir ter superioridade no meio-campo, dificilmente a equipa conseguirá controlar as partidas…
O “Fama”, que ainda viu Gilberto travar um tiro de Marcos Paulo (71’) e Pedro Marques atirar aos ferros (89’), somou a terceira derrota consecutiva e sofreu nestes duelos 11 golos.
Melhor em Campo
Quando não tem de ser a referência do ataque, Darwin Núñez surge mais afoito.
Desta feita, aliou à rapidez que lhe é característica uma precisão na finalização: em três remates, assinou um “hat-trick” – Expected Goals (xG) de 1,2 -, fez ainda dois passes valiosos, recuperou dez passes aproximativos, contabilizou sete acções com a bola na área contrária e acertou metade dos oito dribles que arriscou.
O uruguaio passou a ter 11 tiros certeiros no campeonato e levou para caso o título de MVP com um extraordinário GoalPoint Rating de 9.1.
Destaques do Famalicão
Marin 6.5 – Foi o melhor dos da casa com um passe para finalização, quatro cruzamentos, oito passes aproximativos (máximo na partida), eficácia total nos dois dribles tentados, oito recuperações da posse e quatro intercepções.
Bruno Rodrigues 6.5 – Descaído sobre o corredor esquerdo, não deu descanso a Diogo Gonçalves e André Almeida. Marcou num dos quatro remates que carimbou, tendo ainda feito três passes valiosos e três acções com o esférico na área “encarnada”.
Ivo Rodrigues 6.3 – Descobriu o homónimo Bruno para o 1-2, e além da assistência, fez quatro passes valiosos e três remates.
Destaques do Benfica
Rafa 7.8 – Não fosse o acerto de Darwin e teria sido ele o melhor entre os melhores do duelo. Genial na forma como gizou três assistências – Expected Assists (xA) de 1,2 -, juntou ainda a isto um golo (num dos dois remates que fez), seis acções com o esférico na área contrária, três conduções aproximativas e apenas falhou um drible dos quatro que fez.
André Almeida 7.1 – Reparte com Diogo Gonçalves culpas no golo do Famalicão. Mas conseguiu redimir-se, criando uma ocasião flagrante, fez quatro desarmes, três alívios e sofreu duas faltas.
Otamendi 6.9 – Aos 44 minutos, Banza surgiu em situação de perigo e o argentino apareceu de pronto para fazer um corte importante. Manteve a bitola dos últimos jogos, destacando-se com uma eficácia de passe de 95% (quatro falhados em 88 feitos), seis passes aproximativos, 99 acções com a bola e quatro desarmes.
Vertonghen 6.2 – Realce para as duas acções com a bola na área adversária, dois cortes decisivos e três alívios.
Taarabt 6.2 – JJ acertou na aposta no marroquino, que equilibrou a zona central e deu outro critério nas decisões. Ofereceu o 1-3 a Rafa com uma assistência, fez quatro passes aproximativos, três valiosos e foi eficaz em três dos quatro dribles tentados.
Gil Dias 5.8 – Nos 19 minutos em campo não falhou nenhum dos nove passes realizados e contabilizou três intercepções.
Vlachodimos 5.6 – Aos 29 minutos, voou e impediu o empate na sequência de um remate de Bruno Rodrigues. Sai de cena com duas saídas a soco.
João Mário 5.5 – Nos 71 minutos em campo acertou 33 dos 36 passes tentados (eficácia de 92%) e realizou quatro bloqueios de passe.
Seferovic 4.9 – Foi titular, mas passou ao lado do jogo – nenhum remate feito e 14 acções com a bola – e saiu sem surpresas ao intervalo.
Diogo Gonçalves 4.8 – O amarelo que viu cedo acabou por condicionar o resto do desempenho do ala, que saiu ao descanso com um passe valioso e dois dribles consentidos.
Resumo
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