O FC Porto venceu hoje o Rio Ave, por 1-0, em partida da terceira e última jornada do grupo D da Taça da Liga de futebol, decidida com um golo tardio de Pepê.
O avançado brasileiro, que foi opção para a segunda parte, apontou o tento que desequilibrou a contenda aos 83 minutos, dando um triunfo inócuo aos ‘dragões’, que já sabiam que não tinham hipóteses de seguir para a próxima fase da competição.
Com este resultado, num jogo que teve uma das mais baixas assistências de sempre do Dragão (4.433 espetadores), quem saiu beneficiado foi o Santa Clara, que garantiu o primeiro lugar do grupo, com quatro pontos, e apuramento inédito para a ‘final four’, deixando o FC Porto com três e o Rio Ave com um, eliminados da prova.
Os ‘azuis brancos’ aproveitaram o desafio para dar rodagem a alguns jogadores menos utilizados e testarem elementos da equipa B, nomeadamente a dupla de centrais Zé Pedro e João Marcelo, que se estrearam na formação principal.
Apesar das muitas mexidas, o FC Porto, com o técnico Sérgio Conceição na bancada, por estar a cumprir castigo, foi o primeiro a criar um lance de perigo junto a baliza contrária, num remate de Sérgio Oliveira, que saiu por cima, logo aos 10 minutos.
Do outro lado, o Rio Ave, da II Liga, que para seguir para a ‘final four’ tinha de vencer por 3-0, também surgiu com uma equipa ‘alternativa’, onde apenas Zé Manuel repetiu presença no ‘onze’ em relação ao último desafio, para o campeonato.
Ainda assim, a formação vila-condense não se atemorizou com a primeira ameaça do adversário, e apesar de não conseguir chegar com perigo à baliza de Cláudio Ramos, conseguiu, na primeira meia hora, manter o equilíbrio no desafio, mostrando-se assertivo a trocar a bola.
No entanto, apesar do ritmo morno do futebol praticado, a melhor qualidade das individualidades do FC Porto foi-se fazendo sentir à medida que o cronómetro avançava, revelando o extremo Corona como o mais inconformado dos ‘dragões’ a criar lances de rotura.
Aos 36 minutos, o internacional mexicano protagonizou uma arrancada culminada com um remate para defesa apertada do guarda-redes dos vila-condenses Leo Vieira, tendo ainda discernimento para uma recarga que acabou devolvida pela barra.
Os dois jogadores voltariam a ser protagonista de outro lance, ainda antes do intervalo, com Corona a ganhar, de novo em velocidade, à defesa do Rio Ave, mas a não superar o guarda-redes forasteiro, que desta vez ‘limpou’ a jogada com os pés, fazendo o nulo arrastar-se até ao tempo de descanso.
No reatamento, o FC Porto entrou mais pressionante, e logo aos 50 minutos Toni Martínez teve boa oportunidade para desbloquear o jogo, após contra-ataque desenhado por Manafá e Fábio Vieira, mas acabou por rematar para defesa de Leo Vieira.
Apesar de mais recuado nesta etapa complementar o Rio Ave ia mostrando coesão a defender, mas já não era tão espevito a explorar terrenos avançados, deixando que a ação de desafio se centrasse, cada vez mais, na sua área.
Mas foi só na parte final do jogo, que a emoção surgiu, e em dose concentrada, primeiro com a melhor oportunidade dos vila-condenses, num remate de Zé Manuel, após contra-ataque, travado com grande defesa de Cláudio Ramos, a que se seguiu a resposta letal do FC Porto.
Numa jogada construída por três elementos que vindos do banco portista, Danny Loader desenhou um contragolpe, Gonçalo Borges cruzou e o brasileiro Pepê, aproveitando uma defesa incompleta do guarda-redes do Rio Ave, desviou de cabeça para o 1-0 que prevaleceu até ao final.
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