Novamente embalada por Darwin — dois golos — e Rafa Silva — um tento, quatro assistências —, as “águias” encheram o “papo” e golearam o Marítimo por copiosos 7-1, num embate relativa à 15ª jornada do campeonato.
O Benfica exibiu-se a um excelente nível e aproveitou os espaços concedidos para espalhar “veneno” e cilindrar os insulares, que ainda não tinham perdido desde que Vasco Seabra assumiu o comando.
Ali Alipour fez o tento de honra dos madeirenses. Além da dupla já citada, Yaremchuk, Gonçalo Ramos (pela primeira vez esta época) e Seferovic fecharam as contas do duelo.
Foi de grande nível a primeira parte do Benfica nesta receção ao Marítimo, com a equipa a recuperar rapidamente a posse e a explorar com afinco e critério os três corredores.
As “águias” marcaram na primeira vez que visaram o alvo contrário, logo aos três minutos, dilataram a vantagem volvidos 15 e chegaram ao 3-0 pouco depois da meia-hora, este último por Gilberto.
Os insulares — com dois triunfos nos últimos três embates desde que Vasco Seabra assumiu o leme — tentaram condicionar a primeira fase de construção “encarnada” envolvendo diversos elementos, mas com isso concediam os espaços que os lisboetas tanto gostam.
Foram três tentos, mas poderiam ter sido mais, não fosse o desacerto de Yaremchuk (28’ e 35’), e as únicas exceções ao vendaval lisboeta foram um centro de Vítor Costa (12′) e um remate de Joel (46′).
Darwin está “on fire”, com quatro remates, dois golos, dois passes para finalização e nove acções com a bola na área adversária. foram estes alguns dos dados do uruguaio, o melhor nos primeiros 47 minutos do duelo.
Tal como na primeira parte, o Benfica marcou logo aos três minutos, num contra-ataque conduzido por Yaremchuk e finalizado por Rafa. Aos 57 inverteram-se os papéis e o ucraniano assinou o 5-0.
Os anfitriões ainda desperdiçaram soberanas ocasiões, o Marítimo encurtou distâncias por Ali Alipour, mas os suplentes Gonçalo Ramos e Seferovic ampliaram o “score” para o 7-1 final, o resultado mais expressivo da equipa da Luz até ao momento.
Num oásis, naquilo que tem sido uma temporada turbulenta para o esquadrão de Jorge Jesus, os adeptos saborearam o famoso rolo compressor que chegou a encantar os sócios e adeptos “encarnados” em temporadas passadas.
Melhor em Campo
Rafa esteve envolvido directamente em cinco dos sete golos apontados pelas águias na tarde/noite deste domingo. Sempre ligado à corrente, o internacional português brilhou com intensidade e levou para casa a primeira nota máxima nesta edição da prova.
Para isso, apontou um golo (em dois remates), gizou quatro assistências, criou cinco ocasiões flagrantes, sete passes para finalização, onze passes valiosos, recuperou 13 passes aproximativos, tendo ainda amealhado quatro ações com a bola na área maritimista, sofreu cinco faltas e recuperou a posse em oito ocasiões.
Exibição sublime de um Rafa que tem sido determinante neste Benfica.
Destaques do Benfica
Darwin Núñez 9.1 – Apenas a performance “à Messi” de Rafa ofuscou um pouco o uruguaio, que está “on fire” e nas últimas partidas assinou sete golos. Além do bis – Expected Assists (xA) de 1,9 -, rematou ao alvo por seis vezes (metade enquadrada), construiu três passes para finalização, cinco passes valiosos, um máximo de 11 acções com a bola na área adversária, três conduções aproximativas e foi eficaz em quatro dos cinco dribles feitos. Com liberdade de movimentos, torna-se imprevisível.
Gilberto 7.5 – Saiu lesionado aos 80 minutos, com queixas musculares, mas o “patinho feio” voltou a estar em alta. “Fuzilou” para o 3-0, naquele que foi o quarto tiro certeiro até agora, tendo ainda feito três passes valiosos, quatro desarmes, duas intercepções, dois alívios e bloqueou dois passes/cruzamentos do Marítimo. Começa a ganhar pontos para assumir a ala direita e há quem já o chame de Gilberto… Carlos.
Seferovic 6.8 – Em apenas 14 minutos ofereceu um golo a Ramos e fez o tento que fechou as contas da partida.
Otamendi 6.7 – Apenas duas desatenções acabam por prejudicar a exibição serena do argentino. Aos 75 minutos perdeu a bola e quase oferecia o ouro a Ali Alipour. No tento insular reparte culpas com Vertonghen. De resto, acumulou 80 acções com a bola, nove recuperações da posse, três desarmes e outras tantas intercepções.
Yaremchuk 6.7 – Foram diversas as ocasiões falhadas pelo ucraniano, que teve o mérito de nunca ter desistido, acabando por marcar o 5-0 – antes deu o 4-0 a Rafa. Dos cinco remates feitos, dois foram ao alvo. Apesar de ainda não estar afinada a parceria com Darwin, a sua presença como referência na área acaba por beneficiar o número 9 uruguaio.
João Mário 6.5 – Com pezinhos de lã, foi o cérebro das “águias”, dando critério às acções da equipa. Assistiu Darwin para o 2-0, falhou cinco dos 46 passes realizados e recuperou a bola cinco vezes.
Weigl 6.3 – Foi eficaz no passe (86%), fez um remate, contou três acções defensivas no meio-campo adversário, outros tantos desarmes e duas intercepções.
Gonçalo Ramos 5.8 – Tal como Seferovic, soube aproveitar o período em campo para marcar um golo que há muito procurava.
Vertonghen 5.8 – Começa nele, após recuperação da bola em zona subida, o lance que redundou no 2-0. Realce, ainda, para as seis recuperações de bola que fez.
Vlachodimos 5.3 – No jogo 100 na Liga, esteve sempre atento, não teve culpas no golo sofrido e antes tinha voado para impedir o golo a Ali Alipour (75′).
Destaques do Marítimo
Zainadine 5.8 – Foi o melhor elemento do Marítimo, com dez recuperações de posse, sete intercepções (máximo no duelo) e levou a melhor em dois dos três duelos aéreos defensivos em que interveio.
Matheus Costa 5.8 – Tentou remar contra a maré vermelha com dez recuperações de posse, quatro desarmes, três intercepções e outros tantos alívios.
Ali Alipour 5.8 – Tentou imprimir outra dinâmica ao ataque insular. Nos dois remates feitos, num obrigou Vlachodimos a mostrar-se e, na ocasião seguinte, não perdoou e marcou.
Resumo
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