Karl-Heinz Rummenigge, ex-futebolista e antigo CEO do Bayern Munique, voltou a mostrar-se contra a criação da Superliga Europeia.
“Transformaria o futebol num desporto norte-americano e não funcionaria com a cultura europeia. Haveria mais dinheiro, mas para onde iria ele? Para os jogadores e agentes”, disse o antigo avançado em declarações à RTV38.
“Não acho que valha a pena Messi e Ronaldo ganharem mais 10 milhões de euros. Os custos têm de ser reduzidos, porque todos os anos somos obrigados, mesmo no Bayern, a refinanciar o salário dos jogadores. Não creio que se um jogador ganhe seis milhões por ano em vez de oito passe a ser pobre”, acrescentou.
Em entrevista à Bild TV, Rummenigge também elogiou Luís Campos, elegendo o português como o dirigente do ano.
“É um homem pouco conhecido na Alemanha, mas já o sigo há algum tempo”, começou por dizer o germânico.
“Nos tempos áureos do Monaco, ele contratou jogadores como Mbappé, Falcao, Fabinho, Martial e Bernardo Silva, todos jogadores que fizeram do clube campeão. E esses jogadores, que ele contratou por valores razoáveis, foram mais tarde vendidos por muito dinheiro aos melhores clubes da Europa, deixando o clube numa situação financeira sólida”, prosseguiu.
Rummenigge também deu o exemplo do seu trabalho no Lille, clube que uma década depois acabaria por chegar ao título de campeão francês.
“Podemos fazer a analogia com o Lille. Ele foi para o Lille e recrutou Renato Sanches, Yilmaz, Fonte e Osimhen. O Luís Campos nunca fica muito tempo num clube. Ele demitiu-se do Lille em dezembro de 2020 quando houve a mudança de dono. Provavelmente não tinha uma boa relação com o novo proprietário”, acrescentou.
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