A passagem de Ralf Rangnick pelo comando técnico do Manchester United não está a ter os efeitos que a direcção queria.
Ralf Rangnick só começou a liderar o plantel do Manchester United há cerca de um mês, só tem contrato válido (enquanto treinador) até Junho deste ano, mas a sua
estadia no cargo nem está a trazer melhorias evidentes, nem está a ser tranquila, mesmo entre os jogadores.
Bastaram duas semanas para verificar que a resistência física de alguns jogadores não foi a melhor, em alguns momentos de jogos. Será resultado do ritmo que o alemão impõe nos treinos, com pressão constante, com intensidade e rapidez bem visíveis. Até há um cronómetro no campo de treinos.
Entretanto surgiu a confirmação de que um dos seus avançados, Anthony Martial, quer jogar mais e por isso prefere deixar o Manchester United, já neste mês. Foi o próprio Rangnick a confirmar essa intenção.
No relvado, nos resultados, que é o que interessa mais, o cenário era misto: exibições pouco convincentes, melhorias pouco evidentes, mas os resultados não foram maus. Nos seus quatro primeiros jogos na Premier League, zero derrotas, três vitórias e um empate (que não estava nos planos, frente ao “aflito” Newcastle).
Até que, nesta segunda-feira, o United perdeu. 0-1 em casa, frente ao Wolverhampton de Bruno Lage, a “melhor equipa” que Ralf Rangnick defrontou até agora enquanto líder do Manchester United, disse o alemão.
Depois desse jogo, o lateral Luke Shaw afirmou publicamente que os jogadores do United não estiveram “todos juntos” durante a partida, pediu mais intensidade à equipa e lembrou que, apesar de a qualidade individual ser “inacreditável”, isso não é suficiente.
O problema em Old Trafford estará precisamente aí: na falta de união. O jornal Daily Mirror cita uma fonte próxima do clube, que disse: “Isto não é bom. A atmosfera está realmente má e parece que vêm aí grandes problemas“.
Num plantel com várias “estrelas”, os bastidores têm passado por ambientes complicados. A ideia de contratar Ralf Rangnick era unir o plantel, mas aparentemente isso não está a acontecer.
A mesma fonte informou que 11 jogadores desiludidos querem sair do Manchester United: Jesse Lingard, Donny van de Beek, Eric Bailly e Dean Henderson são quatro futebolistas mencionados. Supõe-se que Martial também está na lista. Não há qualquer referência aos portugueses Cristiano Ronaldo, Bruno Fernandes e Diogo Dalot.
Esses jogadores sentem-se marginalizados em Manchester – já no tempo de Ole Gunnar Solskjær haveria “favoritos” do técnico – e não ficaram convencidos com os métodos e com as tácticas do novo treinador.
Gary Neville, antigo capitão do Manchester United, indicou que há divergências sérias entre Cristiano Ronaldo e Harry Maguire.
Cristiano, que até foi capitão frente ao Wolverhampton, “um espírito superior e uma mentalidade mais forte” na sua equipa.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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