Uma selecção muito brasileira da Geórgia está pela primeira vez num grande torneio de futsal. E já está apurada para os quartos-de-final.
A Geórgia já assegurou a presença nos quartos-de-final do Europeu de futsal. Este foi o destaque desta quarta-feira, nos Países Baixos.
Na segunda jornada do Grupo D a Geórgia venceu pela margem mínima (2-1) diante da Bósnia e Herzegovina, com uma reviravolta confirmada por Thales e por Petry Branco; Kahvedžić tinha inaugurado o marcador para a Bósnia.
A selecção estreante confirmou o favoritismo logo à segunda jornada porque, no jogo seguinte (talvez o mais aguardado na fase de grupos), no mesmo grupo, Espanha e Azerbaijão empataram a duas bolas. Raúl Gómez e Lozano marcaram para os espanhóis, mas Lozano também marcou na própria baliza, antes do golo de Atayev.
Este 2-2 colocou o Azerbaijão com apenas um ponto, atrás da Espanha (quatro pontos) e da Geórgia, que tem seis pontos e já está apurada.
Brasil vs. Brasil
A líder do Grupo D está apurada porque, na primeira jornada, venceu surpreendentemente o Azerbaijão por 3-2. No sábado passado os azeris estiveram a ganhar por 0-2, com dois golos de Vilela, mas Elisandro, Sebiskveradze e Thales deram a volta.
Thales, Petry Branco, Elisandro… Estes jogadores são da selecção da Geórgia? São. São todos brasileiros mas naturalizaram-se.
Aliás, nesse duelo da primeira jornada entre Geórgia e Azerbaijão, o país mais representado foi…o Brasil. Seis brasileiros em cada selecção, 12 no total.
Olhando para as equipas titulares, verificamos que a Geórgia apresentou-se com Kupatadze, Thales, Chaguinha, Roninho e Elisandro. O cinco inicial do Azerbaijão foi composto por Kurdov, Eduardo Borges, Felipinho, Thiago Bolinha e Vassoura.
Resumo: só os guarda-redes nasceram no país que representam. Todos os outros oito titulares nasceram no Brasil.
E há caras conhecidas dos portugueses na selecção da Geórgia: Thales joga pelo Candoso, Elisandro é jogador do Sporting de Braga e Chaguinha foi figura do Benfica durante seis épocas.
Na lista de suplentes ainda estiveram Vilian Sousa e Bruno Petry (Geórgia), Finéo de Araújo e Rafael Vilela (Azerbaijão).
A Geórgia nunca tinha estado na fase final de um Europeu ou de um Mundial de futsal. Até registou uma goleada invulgar contra Portugal, perdendo por 18-1, em 2008. É a maior goleada que já sofreu.
Uma mudança de rumo, e diferente investimento, trouxe brasileiros para o conjunto nacional e surgiu este apuramento inédito para o Europeu 2022.
Dos seis brasileiros que estão no torneio, só Roninho jogou na Geórgia – há mais de 10 anos, pelo Iberia Tbilisi. Os outros cinco nunca viveram na Geórgia e nunca tiveram ligação com clubes locais.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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