Paulo Sousa foi criticado antes do jogo por recorrer a um ecrã gigante durante os treinos. O português respondeu da melhor forma com uma vitória na sua estreia.
O português Paulo Sousa estreou-se com uma vitória, esta quarta-feira, após ter derrotado o Boavista-RJ, por 3-0, num jogo a contar para o Campeonato Carioca.
Uma vitória assertiva no primeiro jogo do antigo selecionador polaco no comando técnico do Flamengo. Marinho, Pedro e Gabriel Barbosa marcaram os golos do triunfo. O Flamengo lidera o Campeonato Carioca com sete pontos em três partidas.
A imprensa brasileira diz que Paulo Sousa chegou ao Flamengo para liderar com ‘mão de ferro’. A metodologia implementada nos treinos — como o ‘telão’ (ecrã gigante) — gerou algum burburinho no Brasil.
“Ele ainda agora chegou e já pediu um ‘telão’. Na Europa isso é uma coisa normal. Para nós que jogamos futebol, sabemos que as palestras são a parte mais chata, e no Brasil cada vez há menos disso. Mas agora imaginem ele começar a mostrar aquilo no treino… isto vai descambar“, disse o ex-internacional brasileiro Cicinho, no programa Arena SBT.
Ainda assim, há quem saia em defesa do treinador português, escreve o Record. Rodrigo Coutinho, jornalista da UOL, criticou Cicinho pelas declarações “totalmente desconectadas da realidade”.
“Há profissionais muito orgulhosos. No Brasil existe um senso comum que é muito distante da realidade do futebol mundial, em que o país continua a ter o melhor futebol do mundo e os melhores jogadores”, começou por dizer o jornalista canarinho.
“Podem imaginar o que acontece quando chega um treinador português, como o Jorge Jesus ou o Abel Ferreira, e consegue ter sucesso. Na cabeça dessas pessoas Portugal é um país mais atrasado em relação ao Brasil no futebol, por nunca ter sido campeão mundial e por ter tido menos jogadores famosos”, acrescentou.
“A cultura tem de ser esta”
Já depois do encontro com o Boavista-RJ terminar, Paulo Sousa mostrou-se muito satisfeito com a prestação da equipa no seu jogo de estreia.
“Excelente grupo. Muito disponível para o trabalho, muito divertido e empático. Há muita vontade de aprender e de levar isso para o jogo. Estou satisfeito com os treinos e com o que foi transferido para o jogo. Na última parte poderíamos ter controlado mais, tentámos acelerar demasiado e tivemos alguma precipitação. Podíamos ter mais controlo, mas mesmo assim dispusemos de inúmeras oportunidades”, disse o treinador de 51 anos.
“Pela minha experiência, normalmente temos cinco a seis semanas de pré-temporada. Nós tivemos três e perdemos alguns jogadores para as seleções. Foi o primeiro jogo, claro que temos que ir preparando a equipa e ganhando, porque a cultura tem de ser esta. Ganhámos e não sofremos golos, o que é fundamental. Defender bem e não dar hipóteses. Esperamos que esta solidificação seja rápida”, acrescentou.
[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ][/sc]
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