E vão 16 vitórias consecutivas do FC Porto na Liga Bwin. O registo foi alcançado neste domingo na deslocação ao reduto do Arouca.
A partida não foi fácil e apenas na etapa final os “dragões” conseguiram encontrar o antídoto para levar de vencida o opositor. Vitinha abriu a contagem à “lei da bomba”, com um golaço, e Mbemba fechou as contas.
Fábio Vieira teve participação directa nos dois tentos. Houve ainda tempo para estreias de Galeno e de Eustáquio e para a saída por lesão de Diogo Costa. Foi a quarta derrota caseira da formação de Armando Evangelista.
Foi intensa, mas nem sempre bem jogada a primeira parte entre arouquenses e portistas – 59 perdas de bola acumularam pelos dois conjuntos.
Os líderes da prova assumiram desde cedo o domínio do encontro, mas sentiram dificuldades para desmontar a teia defensiva contrária. Dos três remates, nenhum foi enquadrado e o mais perigoso surgiu à passagem do minuto 27 quanto Thales, qual guarda-redes, travou um “tiro” de Evanilson que levava selo de golo.
Os anfitriões esticavam o jogo pelo corredor esquerdo e ainda fizeram duas tentativas de visar o alvo, mas ambas saíram desenquadradas. De volta ao “onze”, dois meses depois, Pepe era o melhor ao descanso com um rating de 6.1.
O capitão amealhou dois passes valiosos, três passes aproximativos, cinco recuperações de bola, dois desarmes e outros tantos alívios.
O FC Porto voltou dos balneários de “cara lavada”, mais veloz e esclarecido com bola e conseguiu desbloquear a muralha adversária de forma espectacular, quando o génio de Vitinha encontrou o caminho para o golo.
Volvidos três minutos, aos 57, Mbemba ampliou a vantagem. O Arouca não tinha imaginação para surgir na área com perigo e apenas aos 72 minutos enquadrou o primeiro remate.
Com o duelo controlado e com o Arouca sem imaginação para incomodar, os comandados de Sérgio Conceição ainda levaram um susto com a saída por lesão de Diogo Costa, mas chegarão ao “clássico” da próxima sexta-feira diante do Sporting embalados.
Nas últimas nove partidas marcaram sempre pelo menos dois golos, não perdem no campeonato há 49 encontros e não consentiram este domingo qualquer tento, algo que tinha ocorrido nos últimos seis jogos.
Já o Arouca, que não perdia há dois duelos, sofreu nas últimas quatro recepções 14 golos e apenas apontou um golo.
Melhor em Campo
A tarefa dos “dragões” estava a complicar-se quando Vitinha viu uma nesga de terreno e arriscou, desferiu um “míssil” e abriu a contagem.
O médio está a ser um dos “dínamos” dos portistas e voltou a demonstrá-lo, com mais uma exibição de alto calibre, da qual destacamos os seguintes números.
Dois remates, um golo, 83 acções com a bola, 3 dribles com sucesso em 4 feitos, 5 passes aproximativos, dois duelos aéreos ofensivos ganhos, 12 recuperações de posse, três desarmes e duas acções defensivas no meio-campo do Arouca.
“Performance” de mão cheia de um jogador determinante na manobra da equipa de Conceição. Por tudo o que foi descrito, o internacional sub-21 foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.7.
Destaques do Arouca
Victor Braga 6.0 – Foi o melhor do Arouca. Acertou seis dos sete passes longos que arriscou, realizou duas defesas e não teve culpas nos dois golos sofridos.
Thales 5.8 – Fez de “bombeiro” e negou o golo a Evanilson. Orquestrou três cruzamentos, cinco desarmes (máximo no duelo), dois alívios e oito passes aproximativos.
Pité 5.6 – O médio entrou e, nos 32 minutos em que jogou; exibiu-se com 24 acções com a bola e duas recuperações.
Destaques do Porto
Mbemba 7.4 – Voltou a ter a companhia de Pepe. Em termos defensivos contabilizou oito alívios, máximo no jogo, e no ataque surgiu afoito para aumentar a contagem.
Evanilson 6.2 – Ainda festejou, mas Zaidu estava em posição irregular. À segunda tentativa viu Thales roubar-lhe a glória. Coleccionou três passes para finalização e cinco acções com a bola na área adversária, tendo recebido 11 passes aproximativos (máximo)
Otávio 6.2 – O internacional luso voltou a exibir-se de forma segura, equilibrando a equipa tacticamente e tentando desequilibrar em termos ofensivos. Realce para dois passes valiosos, cinco acções com a bola na área contrária e seis recuperações de posse. Não fossem os quatro maus controlos de bola e a nota teria sido ainda mais elevada.
Pepe 6.2 – De volta ao “onze” dois meses depois, demonstrou segurança e aproveitou para ganhar ritmo para a “final” diante do Sporting. Fez seis recuperações de posse, dois desarmes e três alívios.
Zaidu 6.0 – O nigeriano sai de cena com um remate, dois passes para finalização, três cruzamentos, três desarmes e cinco alívios. A rever os quatro passes de risco falhados. Ainda ofereceu o golo a Evanilson, mas estava em posição de fora-de-jogo.
Diogo Costa 5.8 – Até sair lesionado, após ter caído de forma desamparada no relvado, o guardião estava a ter um jogo tranquilo, com apenas uma intervenção.
Grujic 5.7 – Com Uribe a ser resguardado para o “clássico”, o sérvio foi titular e, até sair aos 53 minutos, destacou-se com oito recuperações de posse.
João Mário 5.7 – Deu outra dinâmica ao corredor direito nos 37 minutos em que actuou. Teve 20 acções com a bola, três recuperações e uma condução super aproximativa.
Fábio Vieira 5.6 – Tentou a sorte do meio da rua por três ocasiões, sendo que aos 13 minutos ficou próximo de marcar. São dele as duas assistências para os tentos portistas.
Eustáquio 5.2 – Estreou-se com as novas cores. Em 20 minutos, realizou um remate, 17 acções com o esférico, três recuperações de posse e três desarmes.
Galeno 5.0 – Outro dos estreantes. O ponto alto neste regresso a casa ocorreu aos 76 minutos quando travou um centro perigoso de Quaresma. Gizou um passe valioso, uma condução super aproximativa e acertou oito dos dez passes feitos.
Pepê 4.9 – O extremo não foi feliz, com sete perdas de bola e nenhum drible realizado com êxito em dois tentados.
Resumo
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