Jovem patinadora russa, indiferente à polémica sobre o teste de doping positivo, foi melhor do que todas as outras, no programa curto.
Havia 30 participantes no programa curto feminino, na patinagem artística dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim. Mas provavelmente as outras 29, juntas, foram alvo de menos atenção do que Kamila Valieva.
Logo nos primeiros dias desta edição dos Jogos Olímpicos, a 7 de Fevereiro, a patinadora russa de apenas 15 anos contribuiu para a medalha de ouro do Comité Olímpico da Rússia no programa por equipas.
A primeira executante de um salto quádruplo nos Jogos Olímpicos apresentou um teste de doping positivo, ainda antes de viajar para Pequim.
Valieva terá dito ao Comité Olímpico Internacional que utilizou a substância proibida, trimetazidina – que serve para combater a angina mas é proibida no desporto – por causa de um medicamento que o seu avô está a tomar.
Por ter ainda 15 anos, a russa é uma “pessoa protegida” e por isso não pode ser legalmente acusada.
O caso seguiu para o Tribunal Arbitral do Desporto, que permitiu a permanência da russa em Pequim: “O painel considerou que impedir a atleta de competir nos Jogos Olímpicos provocaria danos irreparáveis nestas circunstâncias”.
Nesta terça-feira Kamila Valieva voltou ao gelo…e ficou no primeiro lugar. Ainda tremeu nos segundos iniciais, quase caiu após o primeiro salto, mas depois exibiu o seu nível quase imbatível, mereceu dois fortes aplausos ainda durante a actuação, e fechou com 82.16 pontos. E chorou, mal terminou a prova.
A também russa Anna Shcherbakova ficou no segundo lugar e Kaori Sakamoto, do Japão, fechou a prova na terceira posição.
O programa curto serviu para apurar as 25 melhores para o programa livre, que está marcado para a próxima quinta-feira.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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