José Bernardes, arguido no caso “Saco Azul” por suspeitas de ter servido de testa de ferro do Benfica, tinha em casa agenda com contactos de árbitros.
Esta terça-feira soube-se que Bruno Paixão terá recebido milhares de euros da Best for Business quando ainda era árbitro de jogos da Primeira Liga.
A empresa pertence a José Bernardes, que é arguido no processo “Saco Azul”, por alegadamente ter desviado 1,9 milhões de euros do Benfica. Suspeita-se que o empresário tenha servido como testa de ferro dos ‘encarnados’.
As autoridades estão a estudar se o pagamento feito a Bruno Paixão terá sido uma forma de o Benfica subornar o antigo árbitro. A Polícia Judiciária e o Ministério Público estão a investigar o Benfica e o ex-árbitro por suspeita de alegada corrupção desportiva.
Nas primeiras buscas do processo “Saco Azul”, em 2018, foi encontrada uma agenda com nomes e contactos de árbitros na casa de José Bernardes, escreve o JN.
Em contratos com o Benfica divulgados publicamente na Internet, parece haver uma relação entre o clube e as empresas Dynethic, Best for Business e Questão Flexível, ligadas a José Bernardes.
Os documentos divulgados no Twitter em outubro do ano passado mostram pagamentos da SAD ‘encarnada’ às várias empresas em mais de um milhão de euros. A autenticidade dos documentos não foi confirmada.
ASSIM SE PAGAM BOTS
José Bernardes é sócio de 3 empresas que receberam pagamentos do Benfica, totalizando 1.039.262€.
Estas três empresas fazem parte do processo Saco Azul cujo esquema estava montado para retirar dinheiro do Clube por serviços não prestados.#tictac pic.twitter.com/1dK5xSuLBI
— PULHA_ (@o_tal_pulha) October 7, 2021
A Polícia Judiciária e o Ministério Público suspeitam que parte do dinheiro que o Benfica pagou à empresa Questão Flexível tinha como destinatário o então árbitro Bruno Paixão por pagamento de favores.
As ‘águias’ pagaram 506 mil euros a esta empresa. Um dos documentos mostra um email enviado por José Bernardes ao então diretor financeiro da SAD do Benfica, Miguel Moreira, solicitando a liquidação do valor em causa.
Em declarações à TVI, o próprio Bruno Paixão admitiu ter recebido os pagamentos da Best for Business, mas justificou que se devia a “um serviço” prestado de “controlo de qualidade” que terá feito enquanto ainda apitava jogos da Liga.
No entanto, negou ter recebido qualquer tipo de pagamento da parte do SL Benfica.
[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ][/sc]
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