Reacção curiosa de Daniela Maier, ao saber que iria receber a medalha de bronze por causa da desqualificação de Fanny Smith.
Esta quinta-feira foi dia de entregar medalhas, entre outras modalidades, no esqui livre, ski cross feminino, nos Jogos Olímpicos de Inverno 2022.
Em Zhangjiakou, depois de terem ultrapassado três eliminatórias, as quatro melhores do mundo chegaram à «grande final» – é mesmo essa a designação porque há uma «pequena final», para definir as posições entre os quinto e oitavo lugares.
Nessa grande final a vencedora foi Sandra Näslund. Sem discussão. A sueca liderou logo desde os metros iniciais, ainda foi “apertada” por Fanny Smith, mas ficou com a medalha de ouro.
A medalha de prata ficou com a canadiana Marielle Thompson (a três décimos da vencedora) e a terceira a chegar à meta (a 0.82 segundos) foi Fanny Smith, enquanto Daniela Maier chegou no quarto e último posto, a praticamente um segundo de Näslund.
No entanto, o resultado final demorou a sair. As quatro finalistas estiveram, juntas (e sempre sorridentes), à espera da revisão da corrida por parte dos juízes.
Os árbitros viram – muitas – repetições da prova, através das imagens da televisão, porque Fanny Smith poderia ter prejudicado o percurso de Daniela Maier. Smith cometeu um pequeno deslize, uma escorregadela involuntária, e tocou em Maier antes de um salto.
Mais de 10 minutos depois do final da prova, um dos elementos da direcção foi para a zona das atletas e anunciou a Fanny Smith que esta tinha sido relegada para a última posição; o bronze seria entregue à alemã Daniela Maier.
Aí os sorrisos desapareceram. “Não fiz de propósito”, explicava a suíça Smith, enquanto Maier abanava a cabeça negativamente (e constantemente).
A própria Daniela Maier, que saiu beneficiada com esta decisão, não concordou com a penalização feita à adversária e também falou durante esta pequena reunião, dizendo que aquele desfecho não era justo.
No final, a decisão manteve-se: bronze para Maier. E, numa das imagens mais curiosas destes Jogos Olímpicos, foi difícil discernir quem estava mais desiludida: Fanny Smith, que tinha ficado sem a medalha, ou Daniela Maier, que tinha ficado com a medalha.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
Deixe um comentário