O FC Porto carimbou presença nos oitavos-de-final da Liga Europa. Após o triunfo por 2-1 na primeira mão, na Invicta, os comandados de Sérgio Conceição empataram a dois golos.
Nesta quinta-feira, os da casa abriram a contagem por Immobile, Taremi (da marca dos 11 metros) e Uribe deram expressão à “remontada” forasteira e já no último suspiro, Cataldi confirmou o “placard” final.
Na capital italiana acabou por imperar a lei dos “dragões”, que souberam sofrer, reergueram-se e, não obstante o tudo ou nada da Lazio, conseguiram aguentar a vantagem.
Até ao primeiro quarto-de-hora, o FC Porto parecia ter o jogo na mão. Controlava o ritmo das incidências e ia anulando as principais armas adversárias.
Porém, tudo se alterou depois daí, os anfitriões subiram as linhas, passaram a ser mais efectivos na pressão, usaram e abusaram do flanco direito, expondo Zaidu ao erro, descobriam imensos espaços para explorar e foram coleccionando ocasiões.
Após ter ameaçado aos 16 minutos, Immobile viu Pepe falhar, ligou o “turbo” e nunca mais parou, abrindo a contagem.
Contra a corrente romana, Taremi foi derrubado na área por Milinković-Savić, grande penalidade assinalada após auxílio do VAR, que o iraniano não desperdiçou e voltou a deixar os “azuis-e-brancos em vantagem na eliminatória.
O regressado Immobile era o melhor em campo ao descanso. Além do tento, o goleador tinha dois passes para finalização, quatro acções com a bola na área do FC Porto, duas conduções aproximativas e outras tantas super aproximativas, e um GoalPoint Rating de 7.0.
O intervalo fez muito bem aos líderes da Liga Bwin, que surgiram com outra vivacidade, controlaram o meio-campo e dominaram por completo o encontro.
Velozes a recuperar o esférico e criteriosos a explorar os três corredores, foram gizando e desperdiçando inúmeras situações – aos 47 minutos por Pepê, aos 55 Strakosha impediu a festa de Otávio e de Vitinha, e aos 67 o guardião voltou a brilhar, agora perante Galeno.
O cântaro portista foi tantas vezes à fonte que acabou por dar em golo: Taremi e Uribe combinaram de forma perfeita e o colombiano atirou a contar para o 1-2.
O iraniano ainda ameaçou o 1-3, mas a partir daí, os homens de Sarri, que na etapa complementar apenas aos 49 minutos tinham criado perigo, foram para o tudo ou nada e dominaram o duelo.
Depois de bolas defendidas por Diogo Costa, travadas pelos ferros ou que foram às malhas laterais, Cataldi assinou o 2-2 já em período de descontos, mas pouco alterou no que diz respeito ao desfecho deste playoff. Em quatro duelos entre os dois emblemas, o FC Porto soma dois empates e outras tantas vitórias.
Melhor em Campo
O colombiano Uribe é de vital importância na manobra dos “azuis-e-brancos” e hoje voltou a demonstrá-lo, com mais uma “performance” em que encheu o campo e surgiu por todos os lados.
Foi ajudando a conter a pressão italiana e na segunda parte, foi sublime.
Além da excelente finalização que redundou no 1-2, destacou-se com dois passes valiosos, uma eficácia de 93% no capítulo do passe – 56 certos em 60 realizados -, chegou às dez recuperações de posse, quatro alívios, bloqueou um remate do adversário e leva para caso o título de MVP com um GoalPoint Rating de 7.4.
Destaques da Lazio
Immobile 6.8 – Com ele em campo, o poder ofensivo da Lazio cresce exponencialmente. Foi um verdadeiro perigo, principalmente na primeira etapa. Terminou o jogo com um golo em quatro remates, uma ocasião flagrante falhada, três passes para finalização, sete acções com a bola na área do FC Porto, duas conduções aproximativas e duas super aproximativas.
Luis Alberto 6.1 – Quando tem espaço é um perigo e voltou a estar em foco. Foi ele quem lançou Immobile no 1-0, foi o elemento mais rematador em campo (sete) e não fossem os ferros ou as mãos de aço de Diogo Costa… Fez ainda três passes para finalização e nove recuperações de posse.
Patric 5.8 – O central espanhol concluiu o duelo com sete passes longos certos em 11 tentados, 81 acções com a bola, nove recuperações da posse e três intercepções.
Destaques do Porto
Galeno 6.8 – Trinta e seis minutos de luxo do extremo, que foi uma jogada acertada de Sérgio Conceição. Deixou os defensores “laziale” com os nervos em franja, numa exibição que se traduziu em quatro remates, três passes valiosos, quatro acções com a bola na área adversária, duas conduções aproximativas e três intercepções.
Taremi 6.5 – Decisivo. Não só porque sofreu e concretizou a grande penalidade que resultou no 1-1, como ofereceu o 1-2 a Uribe. Ainda teve forças para contabilizar seis remates, três passes valiosos, seis acções com a bola na área da Lazio e sofreu três faltas.
Bruno Costa 6.1 – Foi uma das novidades no “onze” e não comprometeu. Adaptado à lateral-direita, sentiu algumas dificuldades, mas depois do intervalo subiu de nível e terminou o jogo com dois cruzamentos, 102 acções com a bola, quatro recuperações de posse, cinco desarmes (máximo no duelo) e três alívios. A rever: os três dribles consentidos e os quatro passes de risco falhados.
Mbemba 6.0 – Eficaz no capítulo do passe (91% – oito falhados em 91), foi o elemento com mais acções com a bola, 105 no total, e ainda liderou no capítulo dos alívios, com sete.
Diogo Costa 6.0 – O jovem guardião foi importante com duas defesas, duas saídas pelo ar eficazes, um desarme e um alívio. Está feito um senhor guarda-redes.
Toni Martínez 5.8 – O herói da primeira mão estava a realizar uma grande partida, quando saiu aos 54 minutos. Até lá, ofereceu um passe de ouro a Pepê, realizou um remate e ajudou a conter o ataque caseiro com dois desarmes.
Vitinha Ferreira 5.7 – Fez dupla com Uribe e esteve mais em jogo na segunda parte. Além do remate que Strakosha lhe negou aos 55 minutos, foi autor de dois passes para finalização e duas acções defensivas no meio-campo adversário.
Zaidu 5.7 – Viveu uma espécie de pesadelo na primeira parte, com perdas de bola e falhas de marcação comprometedoras, mas redimiu-se com dois passes para finalização, quatro cruzamentos, cinco duelos aéreos defensivos ganhos em nove, três desarmes e quatro alívios.
Otávio 5.7 – Foi um dos primeiros a gritar presença no regresso ao intervalo com um remate forte defendido pelo guarda-redes contrário. Ajudou nos equilíbrios e também desequilibrou com três remates, oito passes valiosos, nove passes aproximativos, oito recuperações de posse, quatro acções defensivas no meio-campo da Lazio e três passes/cruzamentos bloqueados.
Pepe 5.0 – Fica umbilicalmente ligado ao primeiro tento do encontro: falhou um passe em zona proibitiva e não teve pernas para acompanhar Immobile. Ao todo foram 12 os passes de risco acumulados. Em termos positivos, amealhou cinco alívios e bloqueou dois passes/cruzamentos.
Pepê 4.6 – O extremo falhou uma oportunidade flagrante logo a abrir a segunda parte, desperdiçou 19 passes, registou seis maus controlos de bola e sofreu dois desarmes.
Resumo
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