Morten Thorsby, a “Greta Thunberg do futebol”, luta para salvar o planeta

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O médio norueguês da Sampdoria, Morten Thorsby.
O médio norueguês da Sampdoria, Morten Thorsby.

Apelidado de “Greta Thunberg” pelos colegas, Morten Thorsby chegou a pensar deixar o futebol para se dedicar à luta climática.

Morten Thorsby tem 25 anos, nasceu na Noruega e em 2019 deu o salto para os grandes palcos do futebol europeu, ao transferir-se do Heerenveen, dos Países Baixos, para a Sampdoria, de Itália. Embora seja internacional pelo seu país, não é pelo futebol que Thorsby mais se destaca.

Nos últimos anos, o médio tem-se dedicado a lutar contra a crise climática. Em 2020, por exemplo, criou a “We Play Green“, uma plataforma para jogadores profissionais de futebol que desejam contribuir para a solução da crise climática.

“Recrutamos jogadores, angariamos fundos e criamos uma comunicação inspiradora com o objetivo de espalhar o envolvimento climático em toda a família mundial do futebol. Trabalhamos com qualquer pessoa que tenha um interesse genuíno em garantir que as gerações futuras possam jogar como fazemos hoje”, lê-se no site da plataforma.

O jogador esteve à conversa com a Tribuna Expresso e disse que “este é um trabalho que tem de ser feito em conjunto como sociedade, não é um combate que se possa ganhar sozinho”.

Os colegas chamam-lhe “Greta Thunberg”, em honra à jovem ativista sueca que se tornou um ícone da luta climática. Thorsby não se importa, mas argumenta que não se compara à ativista ambiental.

O norueguês não é um jogador de futebol que é ativista ambiental nem um ativista ambiental que é jogador de futebol. “É como se a minha carreira no futebol e a minha ligação ao ativismo ambiental andassem de mãos dadas”, explicou.

Quanto tinha apenas 18 ou 19 anos, o nórdico pensou até deixar o futebol ao se aperceber da gravidade do problema que o planeta Terra tinha em mãos. “O futebol era um projeto egoísta”, atirou.

No entanto, preferiu usar o futebol como uma forma de ser ouvido. “Temos uma grande plataforma e deveríamos usá-la de maneira positiva, para o bem”, disse o futebolista à Tribuna Expresso.

Uma das suas primeiras ações foi ainda no Heerenveen, onde Thorsby foi responsável pela colocação de 15 mil painéis solares no estádio do clube.

“A linguagem, por vezes, é um pouco complicada também. É por isso que, por vezes, eu a tento traduzir para linguagem mais simples, quase futebolística: nós queremos ar limpo, água limpa e comida limpa. É simples. Queremos que os nossos filhos possam jogar futebol e respirar ar puro e beber água não contaminada”, contou o norueguês.

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