Abel Ferreira venceu Vítor Pereira, num confronto entre treinadores portugueses do campeonato paulista de 2022, com o Palmeiras a impor-se por 2-1 na receção ao Corinthians, num dos clássicos do futebol brasileiro.
O médio Raphael Veiga inaugurou o marcador para o Palmeiras aos 29 minutos, na marcação de uma grande penalidade, mas os visitantes empataram, pelo avançado Roger Guedes, aos 61, também através de um castigo máximo, antes de Danilo fechar a contagem, aos 69.
João Martins, treinador adjunto de Abel Ferreira, foi expulso do banco, devido a protestos.
O triunfo no jogo disputado na quinta-feira (madrugada de hoje em Portugal) permitiu ao Palmeiras consolidar a liderança do Grupo C da primeira fase da competição, com 29 pontos, mais 11 do que o Ituano, segundo classificado, enquanto o Corinthians manteve-se no comando do Grupo A, com seis pontos de vantagem sobre o Inter de Limeira.
A uma jornada do fim do Paulistão de 2022, o Palmeiras já superou o recorde de pontos desde que a prova é disputada com uma fase de grupos (2017), que pertencia ao Red Bull Brasil, alcançado em 2019, e São Paulo, em 2021, com 27 pontos.
A equipa treinada por Abel Ferreira, que levou o clube à conquista das duas últimas edições da Taça Libertadores, venceu os três clássicos no campeonato paulista, frente a Corinthians, São Paulo (1-0) e Santos (1-0).
“Não faço milagres, não sou mágico”
Depois do encontro, Vítor Pereira deixou duras críticas à atuação do árbitro e comparou o tempo que ambos os técnicos tiveram para construir a equipa.
“Fundamentalmente, foram dois clássicos jogados, um com três dias de trabalho e outro com duas semanas, contra um clube que tem dois anos de trabalho. Eles têm dois anos de trabalho, nós, duas semanas. Não é fácil construir um processo de jogo, não faço milagres, não tenho varinha mágica, não sou mágico”, disse o antigo treinador portista.
“Hoje tivemos um adversário mais forte, mais agressivo do que a Ponte Preta, um árbitro que deixou também que a agressividade estivesse sempre no limite”, acrescentou.
Ainda assim, Vítor Pereira reconheceu o mérito da equipa do Palmeiras, que aplicou “muitas pressões individualizadas no portador da bola”, dificultando o jogo do Corinthians.
Adeptos “foram o 12.º jogador”
Por sua vez, Abel Ferreira elogiou o apoio dos adeptos, embora também tenha mostrado insatisfação com a arbitragem.
“Hoje queria dedicar esta vitória aos nossos adeptos. A todos eles, sem exceção. Hoje realmente todos fomos um. Hoje o ‘chiqueiro’ pegou fogo. Senti um ambiente desde o início que foi inacreditável, foi espetacular. Já que exigem que a equipa mantenha essa atitude, o que interessa para a família palmeirense é que estejamos todos juntos, a equipa, a direção e os adeptos. Hoje vocês foram o 12.º jogador que nos empurrou, mesmo sofrendo um penálti que na minha opinião não é penálti”, disse Abel Ferreira.
“Não sei se é penálti sobre o Dudu, mas segundo sei nem repetição houve. Temos de ser criteriosos e hoje só houve falta de critério. Marcaram falta no Dudu, que eu disse que é falta do ginásio, de ombro. O árbitro marcou. Depois não viu a falta no Murilo e marcou o penálti. O critério tem de ser igual”, acrescentou.
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