Triunfo suado do Sporting na vista ao Castelo. Ao contrário da época passada, quando o “leão” venceu por 4-0, desta feita os campeões nacionais tiveram de sofrer, saber reagir e depois aguentar a vantagem.
O Vitória de Guimarães marcou primeiro, por Estupiñán, depois Sarabia empatou de penálti e, no segundo tempo, no melhor período dos lisboetas, Paulinho fez um golo “artístico” apesar do “forcing” final dos minhotos. A fechar apareceu Edwards, a “trair” a sua ex-equipa com um golaço que arrumou a discussão do resultado.
A primeira parte no Castelo foi quente, quente… O Sporting teve quase sempre mais bola, conseguiu explorar amiúde as costas da defesa da casa, em especial pela esquerda, e teve uma excelente oportunidade por Pablo Sarabia, mas o espanhol não conseguiu controlar bem a bola e Bruno Varela agarrou.
A seguir o Vitória marcou, por Oscar Estupiñán, após roubar a bola a Coates, rematando depois perante o desamparado Adán.
A seguir, Nuno Santos fugiu pela esquerda e serviu Slimani que, completamente solto na área, permitiu a defesa a Varela, mas o empate acabaria por surgir, por Sarabia (45’+1′), de penálti, após o árbitro considerar braço na bola de Alfa Semedo.
Ao descanso o melhor em campo era Estupiñán, com um GoalPoint Rating de 6.7, fruto do golo e de três acções com bola na área leonina.
O Sporting começou o segundo tempo mais pressionante e perigoso, e aos 61 minutos, em plena pequena área, Varela voltou a ser gigante e “roubou” um golo feito a Paulinho.
A pressão era intensa, só dava “leão”, e aos 70 minutos, Paulinho não falhou, e com nota artística. O recém-entrado Pedro Gonçalves insistiu, foi à linha, já dentro da grande área, e cruzou, para desvio do ponta-de-lança com um toque de calcanhar.
Estava consumada a reviravolta, ao sétimo remate leonino no segundo tempo, contra apenas três dos vitorianos.
A partir daqui o jogo tornou-se confuso, com muitas picardias, pouco futebol, apesar de o Vitória ter assumido um pouco as despesas de ataque em busca do empate, mas com pouca clarividência e com muito mais coração do que cabeça.
O Sporting soube adaptar-se, recuar e segurar a vantagem e ampliar no período de descontos, com um golo de antologia do ex-vimaranense Marcus Edwards, que estreou-se a marcar pelos “leões”.
Melhor em Campo
Regresso de Matheus Reis às boas exibições. O central esteve muito bem a defender e a construir.
Além de ter somado o máximo de passes certos (76), criou uma ocasião flagrante, fez um passe de ruptura, 12 aproximativos e três super aproximativos, registou o máximo de acções com bola (111), três desarmes e quatro bloqueios de remate.
O seu posicionamento foi irrepreensível e, sempre que pôde, subiu no terreno com critério. Terminou com um GoalPoint Rating de 7.0.
Destaques do Vitória
Jorge Fernandes 6.0 – A segunda parte foi muito difícil para o Vitória, que teve de lidar com a pressão intensa do Sporting. Assim, o melhor dos minhotos acabou por ser o defesa-central, que além de ter realizado seis passes aproximativos, ganhou três de cinco duelos aéreos, fez sete recuperações de posse e quatro alívios.
Rafa Soares 6.0 – O lateral esteve muito activo, em especial na primeira parte, com inúmeras incursões ofensivas, mas depois teve de recuar como toda a equipa e defender. Rafa contabilizou dois passes para finalização, cinco passes ofensivos valiosos, tentou o cruzamento em seis ocasiões, nenhuma com sucesso, fez oito passes aproximativos e três desarmes.
Oscar Estupiñán 5.9 – O tento do avançado foi uma demonstração de sentido de oportunidade. Estupiñán somou ainda quatro acções com bola na área contrária e ganhou dois de seis duelos aéreos ofensivos.
Destaques do Sporting
Pablo Sarabia 6.7 – O espanhol esteve sempre a um nível elevado. Além do golo que marcou, de penálti, somou o máximo de remates (4), a par de Paulinho, dois deles enquadrados, fez três passes para finalização, sete ofensivos valiosos (máximo) e ainda dois passes super aproximativos.
Paulinho 6.6 – O ponta-de-lança luso teria sido a grande figura da equipa se não tivesse desperdiçado duas ocasiões flagrantes. Ainda assim terminou com excelentes números. Além do magnífico golo que apontou, Paulinho somou os tais quatro disparos, dois enquadrados, recebeu dez passes aproximativos, foi um dos jogadores mais vezes carregado em falta (4) e o que mais vezes foi travado à margem das leis em zona de perigo (3).
Marcus Edwards 6.6 – O jogador contratado ao Vitória em Janeiro entrou aos 86 minutos, bem a tempo de “trair” a sua antiga equipa. O inglês progrediu com a bola e arrancou um pontapé fulminante de fora da área que entrou ao ângulo superior esquerdo da baliza minhota. Foi o momento alto da noite.
Antonio Adán 6.3 – Nos melhores momentos do Vitória, em especial na primeira parte, o espanhol esteve muito atento, e terminou com três defesas e outras tantas saídas a soco.
Manuel Ugarte 6.2 – O uruguaio esteve bem no passe, com 36 completos em 40, e registou o máximo de intercepções (4).
Gonçalo Inácio 6.2 – O central somou o segundo valor mais alto de passes certos (72) e de acções com bola (96), ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos e registou cinco desarmes, máximo da partida. Uma exibição consistente.
Sebastián Coates 6.0 – Tirando aquele lance em que Estupiñán lhe tirou a bola e marcou, o uruguaio esteve bem, com registo de um passe de ruptura, três duelos aéreos defensivos ganhos (100%) e três desarmes.
Pedro Gonçalves 5.9 – A sua entrada baralhou as marcações do Vitória e foi dele a assistência para o 2-1, de Paulinho, no único passe para finalização que realizou.
Ricardo Esgaio 5.6 – No lugar do lesionado Pedro Porro, o lateral leonino não comprometeu, terminando com três desarmes e duas intercepções, e até três acções com bola na área contrária.
Islam Slimani 5.0 – O argelino saiu aos 54 minutos para dar lugar a “Pote”, e os seus números são pálidos. Fez um passe para finalização e um só remate e desperdiçou uma ocasião flagrante.
Resumo
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