Jovem avançado poderia ter sido “arma” na selecção sub-21, contra a Islândia. Rui Jorge não o colocou em campo e percebe-se porquê.
A selecção portuguesa sub-21 foi travada pela primeira vez na qualificação para a fase final do Europeu. Na sexta-feira passada empatou (1-1) com a Islândia.
Depois de cinco vitórias nas cinco jornadas anteriores, a equipa comandada por Rui Jorge sofreu primeiro, ao quarto de hora, reagindo depois da meia hora, com um golo de Gonçalo Ramos.
Portugal jogou muito bem ao longo da primeira parte – mas faltou alguém que metesse a bola lá dentro (além de Gonçalo Ramos).
Uma opção óbvia para o ataque seria Fábio Silva. Mas o ex-avançado do FC Porto, titular em todos os outros jogos da selecção (embora tenha sido sempre substituído ainda longe do final de cada encontro), desta vez, nem saiu do banco de suplentes.
Rui Jorge optou por não colocar em campo o filho do antigo futebolista Jorge Silva, mesmo quando era preciso marcar. E os números explicam essa decisão.
Fábio Silva, ponta-de-lança, já tinha mostrado que era goleador ainda nos tempos de iniciados: 26 golos pelo Benfica. Depois, já ao serviço do FC Porto, 31 numa época e 33 noutra época.
Tinha apenas 17 anos mas, sem surpresas, foi colocado no meio dos seniores. Em 2019/20 jogou 21 vezes pela equipa principal portista e marcou três golos.
A promessa de golos só esteve no Dragão durante um ano porque foi logo transferido para o Wolverhampton – quatro golos em 36 jogos, na temporada passada.
Na presente época, 21 jogos disputados, mas com pouco tempo no relvado, e zero golos.
Ao todo, e contabilizando apenas os jogos nas formações principais de FC Porto e Wolverhampton, o ponta-de-lança Fábio Silva marcou apenas sete golos em 78 jogos – salientando que não foi titular em muitos destes 78 compromissos.
Mesmo assim, continua a ser sempre chamado para a selecção sub-21. Nesta fase de qualificação, nos cinco jogos anteriores só marcou num: bis contra o Liechtenstein, na goleada lusa por 11-0.
No Wolverhampton raramente é titular (só foi uma vez, na Premier League) e, quando é chamado pelo treinador Bruno Lage, é só para participar nos últimos minutos de cada jogo.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
Deixe um comentário