Jorge Jesus estará muito perto de regressar à Arábia Saudita. A ida para o Al-Nassr livra o Benfica de lhe pagar o salário até ao fim do contrato.
Depois de muita especulação quanto ao seu próximo clube, o treinador português já terá chegado a acordo com o Al-Nassr num contrato “multimilionário”, segundo vários relatos da imprensa desportiva.
O treinador de 67 anos estava sem clube desde o final de dezembro de 2021 quando deixou o Benfica. A SAD da Luz ainda estava a pagar-lhe o salário, mas com a assinatura do novo contrato, deixará de o fazer.
Em caso de despedimento, o contrato de Jorge Jesus com o Benfica obrigava a SAD ‘encarnada’ a indemnizar o treinador em 7,5 milhões de euros e os quatros adjuntos — João de Deus, Tiago Oliveira, Mário Monteiro e Márcio Sampaio — em 2,5 milhões de euros cada.
Ora, ambas as partes acabaram por chegar a um acordo diferente, escreve o Record. O Benfica comprometeu-se a pagar os salários de Jesus até este encontrar clube e a suportar a diferença caso viesse a ganhar menos do que ganhava na Luz: 2,5 milhões de euros líquidos.
Assim, o Benfica teria de assegurar os salários de Jorge Jesus até junho deste ano. Com a assinatura do novo contrato com o Al-Nassr, as ‘águias’ ganham um verdadeiro ‘jackpot’, livrando-se de pagar os 1,2 milhões de euros que faltam até ao final do contrato.
Não haverá também a necessidade de pagar a diferença entre o salário que tinha e aquele que vai ter, já que Jesus terá “um ordenado multimilionário” de 10 milhões de euros por ano com o Al-Nassr.
Este será um regresso do treinador português à Arábia Saudita, onde esteve uma época no Al Hilal, vencendo a Supertaça.
Todavia, Luís Miguel Gonçalves, advogado de Jorge Jesus, disse esta quinta-feira à noite, à CNN Portugal, que ainda não há contrato assinado com o Al-Nassr.
“Não há qualquer contrato assinado. Há abordagens do Al-Nassr, mas também do Al Hilal. Não são de agora. A imagem do Jorge Jesus na Arábia Saudita é extremamente positiva e, apesar de não haver uma rivalidade enorme em termos culturais, trata-se sempre de ir para um rival. No caso do Al Hilal, posso dizer que foram os jogadores, quando souberam que ele estava fora do Benfica, a tentarem que o Jorge Jesus regressasse. Na altura, ele não quis ir”, disse o advogado.
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