Nicolás Otamendi, João Cancelo ou Otávio são exemplos de futebolistas que foram alvos dos assaltos protagonizados pela máfia albanesa.
Ultimamente repetem-se os casos de futebolistas cujas casas são assaltadas, sendo que muitas vezes isto acontece quando os atletas estão em jogo. Ainda assim, há também casos de assaltos que foram feitos quando os jogadores estão em casa com as famílias.
Nicolás Otamendi foi um dos jogadores atormentados por esta onda de assaltos que se tem intensificado nos últimos tempos. O defesa do Benfica foi surpreendido por seis homens à entrada da sua casa num condomínio de luxo da Aroeira, em Almada.
Os assaltantes falavam em espanhol e russo, estavam encapuzados e armados com chaves de fendas. Apanharam Otamendi, agrediram-no e puseram-lhe um cinto no pescoço.
O jogador foi levado para o interior da moradia, onde estavam a mulher e o filho. Os assaltantes roubaram relógios, dinheiro e joias num valor global da ordem dos 300 mil euros.
O assalto à casa do defesa argentino foi sucedido por um novo assalto, desta vez ao internacional português João Cancelo. O lateral foi vítima de um assalto violento na sua própria casa, em Manchester. O jogador ainda tentou resistir, mas foi agredido pelos assaltantes, que levaram joias de alto valor.
Em 2019, o portista Otávio também foi assaltado, mas, ao contrário dos outros dois jogadores, o luso-brasileiro não estava em casa. Estava a jogar pelo FC Porto numa partida contra o Feyenoord, no Estádio do Dragão.
As autoridades suspeitam que por trás destes três assaltos a futebolistas estejam várias células da máfia albanesa, escreve o Expresso.
“O modus operandi é semelhante, pois escolhem, por norma, moradias de luxo, atacam ao final do dia, usam a violência sempre que são confrontados pela vítima e escolhem habitações em que saibam que há cofres, dinheiro, joias e relógios”, diz uma fonte policial ao semanário.
Não só em Portugal, mas também em Inglaterra e em Espanha houve casos semelhantes. A célula que atuava em Espanha já terá sido totalmente desmantelada pela polícia.
Em Portugal já se registaram detenções de vários operacionais albaneses em Braga e em Lisboa, escreve ainda o Expresso. Dois deles são suspeitos de participarem em vários assaltos, um dos quais à vivenda de Otávio.
A polícia estima que a célula de Braga tenha feito uma centena de assaltos, que terá rendido aos seus integrantes dois milhões de euros.
“Há registo de assaltos feitos em poucos minutos”, conta a mesma fonte policial. Os assaltantes muitas vezes entram pelo primeiro andar e, muitas vezes, com a própria família em casa. “São indivíduos muito musculados, com aspeto militar, treinados para escalar vivendas e muros e fugir rapidamente do local do crime. São muito ágeis, e por isso nem sempre é fácil apanhá-los”.
A máfia albanesa “não se dedica apenas ao assalto a casas”, escreve a publicação, “o tráfico de droga é outra especialidade”.
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