O brasileiro Talisca mostrou-se esta terça-feira à Europa, ao “selar”, com um golo à AS Mónaco (1-0), o primeiro triunfo do Benfica na edição 2014/15 da Liga dos Campeões em futebol, relançando os “encarnados” na corrida aos “oitavos”.
Depois de oito tentos nas primeiras nove jornadas da I Liga, o baiano apontou já perto do final, aos 82 minutos, o tento do conjunto comandado por Jorge Jesus, que havia somado um empate e dois desaires nas primeiras três rondas do Grupo C.
Talisca voltou a ser o “herói” dos “encarnados”, mas tem de repartir o protagonismo com o seu compatriota Júlio César, o veterano guarda-redes que efetuou defesas “enormes”, uma em cada parte (39 e 59 minutos).
O Benfica tem agora quatro pontos, os mesmos do Zenit, hoje derrotado em casa pelo Bayer Leverkusen (nove), e menos um em relação ao conjunto de Leonardo Jardim, que, ao fim de 352 minutos, sofreu o primeiro golo na competição.
Em relação ao encontro de sexta-feira com o Rio Ave, Jorge Jesus procedeu a três alterações, chamando Jardel, Gaitan e Derley para os lugares de Lisandro Lopez (castigado), Jonas (não inscrito nas taças europeias) e Lima (suplente).
Assim, o Benfica entrou com Maxi Pereira, Luisão, Jardel e André Almeida, à frente do guarda-redes Júlio César, um meio campo com Samaris e Enzo Perez, no meio, e Salvio e Gaitan, nos extremos, e um ataque com Talisca nas costas de Derley.
Perante uma AS Mónaco em 4-3-3, com Ricardo Carvalho a comandar a defesa e João Moutinho o centro do campo, o Benfica entrou melhor e rematou quatro vezes nos primeiros 20 minutos, com Salvio a desperdiçar a melhor ocasião, aos cinco.
Depois, os gauleses equilibraram os acontecimentos e, mesmo sempre mais preocupados em defender, foram mais perigosos, com Júlio César a ter de aplicar-se em resposta a um centro de Fabinho e, especialmente, a um cabeceamento de Kurzawa, aos 39 minutos, após livre de João Moutinho.
A derradeira ocasião da primeira parte ainda pertenceu, porém, às “águias”, com uma simulação de Enzo Perez a isolar Gaitan, que fletiu para o meio e viu o seu remate ser desviado por Raggi, quando o golo parecia certo.
O segundo tempo começou com a AS Mónaco superior e mais perigosa, com Kurzawa a ser o primeiro a ameaçar, aos 50 minutos, para, depois, aparecer Ferreira-Carrasco, que tentou várias vezes e quase marcou, aos 59. Valeu Júlio César.
Como é tradição, Jesus tirou Samaris, aos 62 minutos, fazendo entrar Lima, que teve duas ocasiões, aos 65 e 76, mas sem o Benfica dominar, já que os monegascos continuaram a ameaçar e Traoré esteve perto de faturar, aos 67.
A equipa de Jorge Jesus, também porque obrigada a isso, mostrava, porém, que queria mais vencer e, aos 82 minutos, marcou por Talisca, que encostou ao segundo poste, depois de um desvio de cabeça de Derley, ao primeiro, na resposta a um canto de Gaitan, na esquerda.
Com pouco tempo para jogar, o Benfica soube guardar a preciosa vantagem até final, não se livrando de um susto, quando Jardel, involuntariamente na interpretação arbitral, tocou a bola com a mão na área.
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