Horas após ter visto esfumar-se o sonho de revalidar o título, o Sporting carimbou mais um triunfo no campeonato, vencendo o Portimonense por 3-2, o mesmo resultado do encontro da primeira volta.
Num duelo repleto de emoção, os leoninos estiveram a vencer, permitiram a reviravolta algarvia e, já na etapa final, a cartada Sarabia funcionou e bisou, confirmando o resultado final. Carlinhos e Welinton Júnior assinaram os tentos do emblema de Portimão, Tabata assinou o primeiro golo da noite.
Quem diria que o Sporting chegaria ao intervalo em desvantagem após ter assistido a 25 minutos de um amplo domínio da formação lisboeta.
Quando Tabata abriu a contagem à passagem dos 12 minutos, já os “leões” tinham ameaçado o alvo contrário em duas ocasiões e após o tento continuaram a dominar o encontro.
O ataque móvel leonino baralhava por completo o opositor e a equipa de Amorim chegava com rapidez e facilidade às zonas de finalização.
Porém, no espaço de cinco minutos, os anfitriões renasceram das cinzas aproveitando duas falhas “verdes-e-brancas”.
Primeiro. Coates derrubou Welinton Júnior e, na cobrança do livre directo, Carlinhos empatou o jogo – contando com um desvio precioso em Palhinha -, naquele que foi o primeiro remate da equipa.
Volvidos cinco minutos, novo erro, desta feita de Gonçalo Inácio, que ofereceu o ouro a Welinton, que se antecipou a Coates, isolou-se e perante Adán desferiu um “chapéu” que carimbou a reviravolta.
Até ao intervalo, os “leões” ainda ameaçaram o empate em três ocasiões, mas ora o desacerto de “Pote” (36’), ora a pontaria a mais de Tabata (atirou ao travessão aos 37’) e os reflexos de Samuel Portugal (grande defesa a remate de Porro aos 39’) deixavam os algarvios na liderança do “placard”.
Welinton Júnior era o melhor ao descanso com um GoalPoint Rating de 6.8. O avançado marcou um golo, registou 14 acções com a bola e duas conduções aproximativas.
Quando Rúben Amorim mexeu no xadrez, passavam 56 minutos, os “leões” ganharam novas garras com as entradas de Sarabia e Ugarte, nas vagas de Pote e Palhinha, respectivamente, começaram a controlar melhor o encontro, estanco os contragolpes algarvios e construindo as investidas ofensivas com outra clarividência e rapidez.
Não surpreendeu, por isso, que tivessem conseguindo carimbar a “remontada” num curto espaço de tempo – entre os 71’ e 75’ – com um bis do “suplente de luxo” Sarabia.
Fora de casa, o Sporting saiu com um triunfo nas últimas cinco jornadas, por sua vez, o Portimonense voltou a perder em casa após ter vendido nas duas últimas rondas.
Melhor em Campo
Ponta final de época de alto nível do ala canhoto. Nuno Santos voltou a brilhar, como já tinha ocorrido na ronda anterior diante do Gil Vicente, e rubricou mais uma óptima “performance”.
Sempre acutilante e perigoso, foi responsável por dois remates, 12 passes valiosos – cinco para finalização – , seis cruzamentos, tendo ainda contabilizado 11 passes aproximativos, quatro acções na área adversária e 91 acções com o esférico.
Ainda marcou, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo. Graças a tudo isto, foi um justo MVP com um GoalPoint Rating de 7.9.
Destaques do Portimonense
Welinton Júnior 6.9 – Foi um tormento para a defensiva leonina, sobretudo na primeira parte – três acções com a bola na área, dois dribles eficazes em três tentados e dois duelos aéreos ofensivos ganhos em quatro. Foi derrubado no lance que esteve na génese do empate, assinou um belo golo e ainda deu um “nó” a Edwards para levantar qualquer estádio.
Carlinhos 5.7 – Estava a ser uma das unidades em foco, quando saiu lesionado. Até esse momento, apontou um golo no primeiro remate da equipa, contabilizou 16 acções com a bola e quatro recuperações da posse.
Samuel Portugal 5.3 – Muito ativo, foi chamado à acção inúmeras vezes e respondeu com cinco defesas.
Destaques do Sporting
Marcus Edwards 7.4 – Cada vez mais adaptado à nova realidade, o inglês vai espalhando toda a magia que já demonstrara na Cidade Berço. Veloz, imprevisível e com uma técnica assinalável, foi um dos dínamos leoninos ao longo de todo o encontro. Dos seus dados, destacou-se com seis remates (dois enquadrados), assistiu Tabata no 0-1 e ainda atingiu as nove acções com a bola na área adversária.
Sarabia 7.1 – Seria impossível pedir mais ao espanhol, que em entrou na etapa final e nos 36′ em que jogou foi determinante, bisou (nos únicos dois remates que fez), deu a volta ao texto e chegou aos 14 golos na prova. O internacional espanhol precisou de apenas 22 acções com a bola. Os sportinguistas vão ter saudades e os amantes de bom futebol em Portugal também.
Bruno Tabata 6.9 – Outro dos que está a aproveitar o desfecho da Liga para dizer “presente” com um golo, uma assistência para o 2-3 final e muitos momentos de qualidade, com o cabeceamento que viu o travessão deter-lhe o bis.
Pedro Porro 6.7 – O espanhol é uma das lanças no sistema do Sporting, sempre com os olhos postos na baliza contrária, foi autor de seis remates, seis passes valiosos e oito acções com a bola na área do Portimonense. As 17 perdas de bola acumuladas acabam por penalizar a nota final que obteve.
Daniel Bragança 6.3 – Aproveitou o azar de Matheus Nunes, que saiu lesionado, para estar em evidência na meia-hora em que jogou com dois remates, uma eficácia de 92% no capítulo do passe (23 certos em 25 tentados) e 29 acções com a bola. Imprimiu outra velocidade na circulação de bola da equipa.
Matheus Nunes 6.0 – Estava a realizar uma boa exibição – dois remates, seis recuperações de bola e três passes valiosos -, mas foi traído por uma lesão.
João Palhinha 5.9 – Tentou simplificar os processos e esteve em foco na fase de maior ascendente sportinguista com um remate, três desarmes e uma intercepção.
Gonçalo Inácio 5.6 – “Borrou” a pintura aos 30′, quando falhou um passe que abriu caminho para o 2-1. Mesmo assim, deu a volta à situação e concluiu o duelo com bons números: 12 passes longos certos em 13 tentados, quatro conduções aproximativas, dez recuperações de bola e quatro alívios.
Coates 5.3 – Não foi uma noite fácil para o uruguaio, que esteve envolvido nos dois golos sofridos pela equipa. Ainda assim, acumulou quatro recuperações de bola.
Ugarte 5.2 – Ajudou o leão na recuperação, com quatro recuperações da posse, duas conduções aproximativas e outra energia na zona central.
Pedro Gonçalves 4.5 – Não está a atravessar o seu melhor momento, muito perdulário, desperdiçou as duas ocasiões de que dispôs e registou seis maus controlos de bola.
Resumo
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